Dificultada pela pandemia, Cabeleireira descobre novo talento para seguir trabalhando
A história da douradense Maria de Lurdes é parecida com a de milhares de outras brasileiras cheias de disposição, que estão se desdobrando para enfrentar os prejuízos da pandemia. Firme em seus propósitos, trabalhadora inquieta, ela detesta ficar parada. Com mais de três décadas dedicadas ao ofício de Cabeleireira e Manicure (ela já atendeu até […]
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A história da douradense Maria de Lurdes é parecida com a de milhares de outras brasileiras cheias de disposição, que estão se desdobrando para enfrentar os prejuízos da pandemia. Firme em seus propósitos, trabalhadora inquieta, ela detesta ficar parada. Com mais de três décadas dedicadas ao ofício de Cabeleireira e Manicure (ela já atendeu até celebridades) hoje Lurdinha também precisou se reinventar.
Acostumada a trabalhar desde menina, ela é daquelas que não tem dia ruim, antes da pandemia era trabalho de segunda a segunda, muitas vezes de pé das 5h da manhã às 1h. “Comecei a trabalhar aos 9 anos como babá. Minhas tias sempre me incentivavam a mexer no cabelo, fazer toca… Com 15 anos fiz meu primeiro curso na área de cabeleireira (presente da tia), desde então passei a fazer unhas, trabalhar com cabelo”, lembra ela.
A paixão por seu ofício trouxe muitas conquistas à cabeleireira, que conseguiu realizar grandes sonhos, como o de construir três casas, criar as duas filhas sozinha e estar em seu segundo carro 0Km, frutos de seu trabalho duro, fé e determinação.
“Esse carro, você não imagina o tanto que sonhei com ele. Eu ia sempre à concessionária ‘namorar’ esse carro. Eu falava pros funcionários, ‘olha, guarda esse carro, hein, ele é meu!’. Um dia tive coragem de entrar e perguntar o valor. Falei ‘nossa que caro, esse carro não é pro meu bico!’ e fui embora brava… Passou o tempo, esqueci o preço do carro e voltei a sonhar. Comentei com um primo que queria vender meu carro anterior, ele falou com um amigo e, no dia seguinte, o cara chegou com o dinheiro na mão. Falei ‘espera um pouquinho, moço, preciso ir à concessionária, porque não posso ficar a pé’. Quando estava lá, você não acredita, na mesma hora me ligaram de outra empresa avisando que eu tinha um saldo guardado. Resumindo, deu tudo certo, parece que tudo conspirou a favor, é coisa de Deus”, alegra-se.
Mas quando tudo parecia bem encaminhado, trabalho bombando, daí veio a pandemia. As restrições profissionais e a redução da demanda fizeram com que Lurdinha abraçasse uma nova ideia, o amigurumi. Atendendo sua clientela em domicílio (as unhas e cabelos continuam rolando, é só marcarI), ela ainda aprendeu a técnica japonesa de crochê e está encantando a todos.
Amigurumi, você conhece?
Uma técnica oriental de criação de bichinhos fofos, utilizando crochê, tem sido uma nova forma da cabelereira ocupar o tempo e complementar sua renda. A técnica caiu como uma luva na rotina de Lurdinha, que já apresentava sérios sinais de estresse, situação que se agravou no começo da pandemia.
Como uma terapia, os bichinhos estão tornando as horas livres da cabeleireira mais lúdicos e coloridos. “Só de uma cliente tenho 5 encomendas, essa é uma das formas de sustento”, pontua.
A vontade de produzir, a disposição para aprender coisas novas, a arte que é se adaptar às situações são bons exemplos que podemos nos inspirar em Lurdinha. Quando existe um propósito na vida, as conquistas dão outros valores às batalhas. Por mais que a situação pareça não estar favorável, chegou a hora de abrir-se para o novo, reinventar-se e, o mais importante: nunca deixar de sonhar!
Fale com a Lurdinha: 99984-3688 / 98139-7242
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