Pular para o conteúdo
MidiaMAIS

De crenças à fobia: Medo da sexta-feira 13 tem nome e vai além das superstições

Quando falamos sobre sexta-feira a primeira coisa que lembramos é do famigerado gato preto, o vilão Jason (um dos mais famosos filmes de terror) e azar. Em torno dessa data giram boatos, superstições e muitas pessoas a temem. O medo irracional das sextas-feiras 13 é considerada uma fobia, que até tem nome: triscaidecafobia. A tal […]
Arquivo -

Quando falamos sobre sexta-feira a primeira coisa que lembramos é do famigerado gato preto, o vilão Jason (um dos mais famosos filmes de terror) e azar. Em torno dessa data giram boatos, superstições e muitas pessoas a temem. O medo irracional das sextas-feiras 13 é considerada uma fobia, que até tem nome: triscaidecafobia.

A tal fobia da data e do número 13 não é as das mais comuns, mas afeta bastante gente, estimou o Centro de Controle do Estresse e Fobia, da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. A pesquisa apontou que 21 milhões de pessoas sofram desse problema no mundo e que, apenas nos EUA, são perdidos até 900 milhões de dólares no comércio e transporte de passageiros nesse dia.

No Brasil, a maioria das fobias são encaradas como “frescura” quando na verdade são condições que se misturam com as coincidências e superstições dessa data. A cientista social Izabela Prado Ronda, explica que a sexta-feira 13 é uma construção social, histórica e, portanto, intimamente relacionada à cultura de cada povo.

Prado comenta que durante a história, nunca foi comprovado ou explicado as causas e efeitos que constroem essa data, muito pelo contrário, reforçam os preconceitos por meio das lendas e tradições que permeiam na data.

Segundo ela, a sexta-feira 13 pode ter sido ‘criada’ para impor medo sociedade por aqueles que detinham o poder. “Dentre as possíveis fontes históricas para o surgimento da ‘sexta-feira 13′ como um ‘símbolo do mal’, que a maioria delas versam sobre uma situação de dominação, na qual aqueles que detinham o poder, e o exerciam de forma indiscriminada, se sentiram de alguma forma ameaçados”.

De crenças à fobia: Medo da sexta-feira 13 tem nome e vai além das superstições
Foto: Vinícius Costa

Posteriormente surgem as superstições, principalmente sobre o gato preto. Uma curiosidade que vale a pena ser lembrada é o fato do gato preto ser um símbolo de azar desde há muito tempo.

Há lendas que dizem que o felino preto estaria relacionado a pactos com o diabo e, por conta disso, até chegaram a ser perseguidos nos meados do século XV.

A cor do pelo e os hábitos noturnos do bichinho fizeram com que ele fosse associado à pratica de bruxaria e se tornasse símbolo de mau agouro. E isso é interessante de ser observado já que séculos antes os egípcios tratavam os gatos como divindade e não com desprezo, totalmente o oposto.

“O gato preto, por exemplo, um animal de alto prestígio na Idade Média, foi considerado pelo Tribunal da Santa Inquisição como um símbolo do mal, devido a sua cor, referência que persiste até os dias de hoje no imaginário popular, apesar de todo acesso à informação do qual dispomos”, comentou a cientista social.

Origem da data

A primeira resposta remete ao cristianismo e ao contexto da Bíblia. Para os seguidores dessa religião, o número 13 é um número amaldiçoado por ser o número exato de pessoas que estavam presentes na Última Ceia de Jesus Cristo, sendo o 13º apóstolo o traidor Judas Iscariotes. Jesus então seria crucificado pouco tempo depois, em uma sexta-feira.

Há ainda uma outra explicação popular que diz que, na numerologia, o 13 é um número rompe a barreira do “completo”. Tal característica poderia ser visto no 12, um número considerado “pleno” e “inteiro”.

A segunda suposição é de que o azar nesta data estaria relacionado à morte do deus Balder (ou Baldur), cultuado na mitologia nórdica. A cena é similar à Santa Ceia: 12 deuses foram convidados para um grande banquete no Valhala, local onde se encontram. Apenas um ficou de fora,Loki. Enraivecido por não ter sido incluído na celebração, ele causou a morte de Balder e instaurou o caos entre os demais.

Assim como no credo cristão, o décimo terceiro participante da história trouxe consigo a infelicidade e o infortúnio para os outros.

O dia de sexta-feira que conhecemos veio a ser batizado em homenagem à Frigga, deusa do amor e da beleza, (que, não por coincidência, gerou a palavra Friday, cujo significado é “sexta-feira” em inglês). Também oriunda da cultura nórdica, a deusa teve sua imagem radicalmente mudada quando os países que a louvavam se converteram ao cristianismo.

Frigga acabaria se tornando uma bruxa maléfica que, segundo a lenda, foi exilada em uma montanha. Em busca de vingança, ela reunia outras 11 bruxas e um demônio (totalizando 13 com sua presença) todas as sextas para conjurar pragas aos seres humanos que a rejeitaram.

Há ainda outros boatos que rolam acerca da origem da má fama da sexta 13, como o dia em que o rei Felipe IV, durante a monarquia francesa, ordenou a dos Cavaleiros Templários por ter sido rejeitado por eles, no dia 13 de outubro de 1307.

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Pix bate recorde com quase 280 milhões de transações em um dia

Motorista tenta fugir, mas é preso com meia tonelada de maconha

Justiça Militar condena nove pessoas por furto de arsenal do Exército

Conitec abre consulta pública sobre inclusão da semaglutida no SUS

Notícias mais lidas agora

sad operação

Alvo de nova operação, elo de esquemas de corrupção foi chefe de licitação do governo Reinaldo

consórcio ônibus frota

Quase 100 ônibus: Diretor de operações do Consórcio confirma frota ‘vencida’

Conselho julga denúncia de pagamentos que turbinam em até R$ 16 mil salários no MPMS

Seleção feminina terá Marta, Jhonson e Dudinha na Copa América

Últimas Notícias

Brasil

Mendonça vota a favor da revisão da vida toda no STF 

Placar do julgamento está 2 votos a 1 pelo não reconhecimento da revisão da vida toda

Trânsito

Jovem morre em acidente entre moto e carreta na BR-060

A motocicleta ficou completamente destruída

Mundo

Trump envia fuzileiros navais para Los Angeles; protestos pró-imigrantes se espalham pelos EUA

Para dar apoio à Guarda Nacional

Cotidiano

Receita destina 400 kg de cabelos ao Hospital do Câncer Alfredo Abrão

Doações somam até agora quase R$ 1 milhão