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Comilanças de fim de ano agravam casos de refluxo

O fim de ano, para a grande maioria das pessoas, é sinônimo de comilança. Mas essa combinação entre comidas pesadas, muita bebida alcoólica, refeições em grande quantidade e feitas tarde da noite, definitivamente, não é adequada para o estômago, especialmente para quem sofre da Doença do Refluxo Gastroesofágico. O mal  atinge, segundo dados da Federação […]
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O fim de ano, para a grande maioria das pessoas, é sinônimo de comilança. Mas essa combinação entre comidas pesadas, muita bebida alcoólica, refeições em grande quantidade e feitas tarde da noite, definitivamente, não é adequada para o estômago, especialmente para quem sofre da Doença do Refluxo Gastroesofágico. O mal  atinge, segundo dados da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), 30% da população adulta do Brasil.

Os excessos cometidos nestes períodos festivos agravam os sintomas de quem tem a forma crônica da doença.

“O refluxo acontece quando os conteúdos do estômago e do intestino (a bile) retornam ao esôfago, fazendo com que a mucosa esofágica seja agredida. Então quando o indivíduo come muito, e isso é bem comum nesta época de festas de fim de ano, esse conteúdo dentro do estômago estimula uma produção maior de ácido (gástrico) e outras secreções, e num dado momento isso é refluído, ou seja sobe e retorna para o esôfago”, explica o cirurgião e endoscopista bariátrico Sérgio Barrichello.

Segundo outro especialista, o cirurgião do aparelho digestivo, professor de medicina e membro Titular Especialista do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Cesar Wakoff, o refluxo crônico pode ser percebido em pacientes que apresentam com frequência sintomas como azia, queimação estomacal, arrotos frequentes, dor retroesternal, náuseas e intolerância a alguns tipos de alimentos, como massas e frituras.

“Muitas vezes esses sintomas fazem com que a qualidade de vida dos pacientes caia bruscamente. Muitos acordam com refluxo, possuem tosse crônica, podem ter pneumonia por aspiração do líquido refluído do estômago. Também não conseguem se alimentar adequadamente, alterando a sua vida social”, afirma o especialista.

Barrichello lembra ainda que a doença também se manifesta com sintomas nas vias aéreas como rouquidão com certa frequência, perda de voz e sensação de queimação na garganta. “Tudo isso são sinais de que a pessoa pode ter refluxo crônico, e portanto, merecem ser alvos de uma investigação médica mais detalhada, por  meio de exames como a endoscopia, a manometria e a phmetria. Mas há também pacientes que não apresentam sintomas, mas que podem sim ter a forma crônica da doença e muitas vezes descobrir isso nessas épocas de excessos no fim de ano”, destaca.

Mas de acordo com Wakoff, mesmo quem não sofre da forma crônica do refluxo, pode ser acometido pelos sintomas da doença, em virtude dos excessos cometidos durante as festividades de fim de ano. “O refluxo pode atingir mesmo indivíduos saudáveis apenas pelo excesso de comida. A dilatação do estômago e aumento na pressão do esfíncter esofágico podem promover um refluxo apenas naquele momento, causando desconforto, que podem muitas vezes simular até um ”, alerta o especialista.

De acordo com o médico Flávio Ivano, quem já sabe que tem a doença do refluxo e quer festejar neste fim de ano, precisa, mais do que nunca, seguir a linha da moderação e da disciplina. Ele dá inclusive algumas dicas simples, e que até parecem óbvias, mas que nem sempre as pessoas seguem, e com isso acabam frustrando suas comemorações.

“Evite as bebidas alcoólicas, e também os alimentos gordurosos, as frituras, condimentados, ácidos. Não deixe para comer tudo na noite da ceia de e mantenha a rotina de comer porções menores e mais vezes ao dia.  Não coma muito antes de dormir e espere ao menos duas horas após sua última refeição para ir se deitar. Para evitar os sintomas noturnos, eleve a cabeceira da cama”, orienta o médico.

O cirurgião Sérgio Barrichello dá uma dica específica para quem bebe e fuma. “Tirar o cigarro e as bebidas alcoólicas é muito importante, já que estas duas substâncias, também causam o relaxamento do esfíncter inferior e propiciam o refluxo”, diz o médico, que reforça a importância de se ter um estilo de vida saudável. “Quem tem refluxo, além de evitar os excessos alimentares, deve manter uma rotina de atividades físicas, pois além de combater a , que agrava o refluxo, também otimiza os movimentos do estômago, intestino e esôfago. Esses movimentos peristálticos são facilmente estimulados com uma caminhada, com uma corrida e outros exercícios. Isso facilita o esvaziamento do estômago e do intestino, evitando assim os episódios de refluxo”, esclarece.

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