Com mais tempo em casa na pandemia, olhar para o lar como espaço de autocuidado ganhou força

Em uma pesquisa rápida no Google sobre o conceito de casa o primeiro resultado apontando é: “substantivo feminino: 1. edifício de formatos e tamanhos variados, geralmente de um ou dois andares, quase sempre destinado à habitação; 2. família; lar”. Na pandemia, com mais tempo em casa – o espaço físico com paredes e etc. –, […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Em uma pesquisa rápida no Google sobre o conceito de casa o primeiro resultado apontando é: “substantivo feminino: 1. edifício de formatos e tamanhos variados, geralmente de um ou dois andares, quase sempre destinado à habitação; 2. família; lar”. Na pandemia, com mais tempo em casa – o espaço físico com paredes e etc. –, o conceito de lar – que denota algo mais afetivo, familiar – tornou-se mais forte e necessário, tendo em vista que em meio a tantas notícias ruins, estar em casa, para muitos, é estar seguro como em um templo.

E é de templo que a relações-públicas Gabriele Silva hoje chama o seu lar. Mas esse sentimento não veio do nada, foi construído e definido após ela passar por um momento de não se sentir bem olhando para a sua casa, recém-adquirida, inclusive, com muito esforço.  O desejo de pressa para reformar, torná-la “bonita”, bateu e foi preciso parar, respirar um pouco e olhar com mais carinho para paredes e espaços que aos poucos iam se transformando e se adaptando à sua identidade.

“Antes da pandemia eu via a minha casa como o local que eu precisava trabalhar muito pra deixar bonita. Sempre que uma obra/reforma seria iniciada era um caos. Quando terminava e eu não tinha alcançado aquele ideal estético eu me sentia extremamente frustrada. Depois que a pandemia começou [e ela precisou trabalhar em casa], eu percebi o quanto era mais importante ter um ambiente onde eu me sentisse confortável e em paz. Assim, naturalmente, a minha visão foi se transformando”, conta.

Para ela, foi fundamental mudar as suas próprias expectativas e cobranças para se sentir bem e em casa. Abrir a janela e ter de cara a imagem das inúmeras plantas em seu quintal é uma de suas maiores conquistas, ela revela. “O objetivo é que este ambiente fique o mais natural possível. Aqui temos coqueiro, bananeira, pé de mamão, cacau, abacate, além de mantermos outras plantas como peregun, tapete de Oxalá, espadas de Nkosi e Matamba (divindades cultuadas no candomblé angola). Ter um local no qual eu posso estar em total conexão com a natureza tem sido um diferencial na minha vida. E se a gente melhora, o nosso lar se modifica junto com a gente”, conclui Gabriele.

 

Cuidar da casa é um autocuidado

Com mais tempo em casa na pandemia, olhar para o lar como espaço de autocuidado ganhou força
Arquiteta Fátima Falcon por Ricardo Prado

Mesmo sem se conhecerem, o pensamento da Gabriele se adequa muito bem com a ideologia e a forma de como é desenvolvido o trabalho da arquiteta Fátima Falcon, terapeuta da casa e especialista em arquitetura sistêmica. Para a profissional, lar é energia e deve sempre estar vibrando de forma positiva. Em seus projetos, o primeiro momento é de uma conversa para chegar ao entendimento do que a pessoa almeja em comparação com o que ela realmente precisa.

“O lar é extensão da pessoa. Então, quando a gente cuida do lar, estamos cuidando de nós mesmos. Lar tem que ser um lugar em que tenha a nossa identidade, a identidade de quem mora ali. Não é só sobre ter por ter, mas ter porque faz sentido. E, assim, quando a gente cuida do lar, a gente está curando nós mesmos. Cada canto da sua casa representa uma área da sua vida. Então a gente não pode deixar aquele cantinho ali desligado”, explica a profissional.

E esse cuidado, dependendo da necessidade de cada um, pode ser feito com pequenas mudanças, sem necessidade de grandes reformas ou compra de novos móveis.  “Às vezes não é comprar mais, é tirar. Reformar ou decorar não tem a ver com adquirir mais, pode ser ter somente o que te faz sentido. Eu tenho duas coisas que eu gosto muito. Gosto de pautar o que é realmente essencial e, também, de ressignificar, transformar e dar novos usos nas peças”, conta.

 

Com mais tempo em casa na pandemia, olhar para o lar como espaço de autocuidado ganhou força
Lar Piatã – Projeto decorativo da arquiteta Fátima Falcon_ Foto Ricardo Prado

 

Eleve a energia do seu lar

Em seu perfil no Instragram, o @fatimafalcon.arquitetura, a profissional além de contar o resultado dos seus projetos também dá dicas de como os seguidores podem, sozinhos, melhorar a energia de seus lares com apenas pequenas atitudes. Para isso, Fátima aconselha:

– Faça limpezas físicas e energéticas sempre que possível

– Livre-se do que não é necessário ou não te faz bem

– Escute músicas que elevem a sua vibração

– Permita que a luz do sol entre

– Tenha filtros energéticos e plantas

– Dê novo uso ou conserte o que está quebrado

– Faça orações

– Consuma consciente

– Cultive o autocuidado

 

Fonte: Roberto Paim – Agência Educa Mais Brasil

Compartilhe

Notícias mais lidas agora

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados

Newsletter

Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.