Um grande sucesso de público e de vendas que superou até mesmo o mau tempo. O 3º Festival Cultural do Chamamé de Mato Grosso do Sul, realizado de 9 a 13 de outubro em – durante o feriadão de Criação do Estado e Dia de Nossa Senhora Aparecida -, superou todas as expectativas de seus organizadores, reunindo mais de 30 mil pessoas nas diferentes atividades realizadas pela Capital e que, na noite de sábado (12), transformou a Praça do Rádio em um verdadeiro baile a céu aberto, reunindo o melhor das expressões culturais do Estado, da Argentina e do .

O saldo do evento mostra sua evolução já em sua terceira edição. O público foi mais de 100% superior às expectativas para este ano. Não apenas nos bailes abertos ao público, mas nas diferentes atividades promovidas –como o Seminário de Integração Cultural que, mesmo com a troca de local para o auditório da (Fundação Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa de Mato Grosso do Sul), teve as vagas preenchidas. E que contou também com palestra do maestro Cesar Frete em abordagem sobre a Cultura Guarani Nativa e Identidade Cultural.

No domingo (13), o Shopping Bosque dos Ipês recebeu um grande público que se emocionou com apresentações de e de música, com Escuelas de Arpas y Guitarras de Pedro Juan Caballero (Paraguai). Crianças com 9 anos de idade mostravam intimidade com instrumentos musicais que entoaram a expressão da mais pura latinidade.

Fora dos palcos, as feiras de artesanato e gastronômica também comemoraram os bons resultados. Amada e Yandré Sanchez retornaram ao Paraguai depois de ter vendido praticamente todo o estoque de Ao Po’i pois (o bordado de Ao Po’i, “tela fina o prenda delicada” em guarani, surgiu no século 19 em Yataity, Guairá, no centro do Paraguai, e é resultado de criatividade e engenhosidade a mulher paraguaia na confecção).

“Foram mais de 700”, comemorou Amada, surpresa com a aceitação das peças masculinas e femininas. Já a chef Batatinha de Souza viu o estoque de iguarias –como a comida de comitiva e o arroz carreteiro “made in MS”– esgotar já no terceiro dia do festival.

Música

A parte musical contou com oficina de dança, animação e, claro, os shows gratuitos na Praça do Rádio nos quatro dias do evento. O local ficou lotado e, no sábado, as cadeiras usadas para acomodar o público acabaram movidas para dar espaço a um grande salão, onde a população pode bailar ao som de nomes como Pajarito Silvestri y Grupo Enramada (de Federal, Argentina), Cida Ajala Show (Presidente Prudente-SP), Gabriel Flores e Danzarte (Formosa, Argentina), entre outros.

Festival Cultural do Chamamé vira destaque em público e negócios durante feriadão

“O 3ª Festival Cultural do Chamamé superou todas as expectativas que tínhamos, quando o Orivaldo (Mengual, presidente do Instituto Cultural do Chamamé de Mato Grosso do Sul e idealizador do evento) apresentou a proposta para a terceira edição. Vimos um evento que se inseriu de vez no calendário oficial de eventos de Campo Grande e que conseguiu, sem sombra de dúvidas, celebrar a cultura chamamezeira e sul-americana”, afirmou Bosco Martins, diretor-presidente da Fertel e presidente de honra do instituto, ao destacar também a parceria da Fertel –por meio da Educativa 104.7 FM, TVE Cultura MS e Portal da Educativa– com o evento.

Orivaldo Mengual, por sua vez, agradeceu também aos apoios recebidos do governador , do secretário Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica), da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, da Fertel e da Prefeitura de Campo Grande na realização do festival. “Gratidão a todos pelo apoio, confiança e participação”, destacou ele, que também apresenta o programa A Hora do Chamamé na Educativa 104.7 FM.

“Obrigado por tudo o que vivemos, amigos queridos. Toda a delegação da Argentina está unida”, afirmou, em comunicado, os integrantes do Grupo Avareko, uma das atrações do festival, resumindo o sentimento de vários outros participantes que já torcem por uma quarta edição do evento em 2020.