Criado para fomentar o movimento artístico e autoral do Estado, o  programa Capivara Underground nasceu da necessidade de mostrar o que existe de mais interessante e diversificado na cena alternativa “pantaneira”, via Web Radio.

Projetos musicais de qualidade, artistas, criadores, bandas e eventos têm espaço certo no programa, que nasceu de forma despretensiosa. “Em uma conversa com o Ricardo Drago, da MutanteRadio, falávamos sobre os projetos musicais muito bem elaborados por aqui que, muitas vezes, acaba não sendo inserido no mercado da nacional. Ele me jogou a proposta de fazer um programa de entrevistas sobre o assunto, então eu formatei o Capivara Underground“, conta Welson Schaustz, o idealizador.

Capivara Underground: Programa fomenta cena alternativa na cidade

Para gravar e editar o programa, o amigo Bruno Girelli entrou na parceria e logo o programa piloto foi gravado e, segundo Welson, deu muito certo. Com a participação de Felipe Faia, da banda Intervenção, no dia seguinte o programa já estava no ar e o resultado impressionou.

O Capivara Underground é um podcast de entrevistas que apresenta, em cada edição, um artista/banda autoral diferente. O programa é transmitido pela MutanteRadio todas as quartas, às 15h (horário de SP) e, logo após a transmissão, é liberado um link com o programa na íntegra, que fica disponível no MixCloud, para quem não pôde escutar no momento da transmissão.

A curadoria e produção do programa fica ao encargo do próprio Welson, que frequenta a cena alternativa de Campão há muitos anos, integrando bandas desde a adolescência. “Eu faço parte do rolê desde moleque e isso facilitou bastante no sentido de conhecer a galera, as bandas, os trabalhos, e estar por dentro do que tá rolando no cenário underground de MS. Tanto que, uma das minhas maiores satisfações é estar fazendo um esforço para fomentar algo que eu realmente acredito”, afirma.

Capivara Underground: Programa fomenta cena alternativa na cidade
Welson (centro) em um dia de gravação do Capivara Underground (foto: divulgação)

MS muito além do óbvio

Enfatizando e valorizando o trabalho underground do Mato Grosso do Sul, o programa é bem “bairrista” quando o assunto é música autoral. Eles só tocam  músicas e artistas daqui do Estado, incluindo o que é produzido no interior. “Além da capital, já tocou música de bandas de Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Corumbá, entre outras. Apesar do Capivara Underground ser um projeto sem orçamento, vou fazendo um esforço para trazer essa galera e mostrar o seu trabalho”, diz.

Nos últimos anos, com o fechamento de alguns rolês em Campo Grande, o movimento underground sofreu uma relevante enfraquecida. Esses eram alguns dos poucos lugares da cidade que abriam as portas para o alternativo. Mas, embora existam os desafios, a cena nunca deixou de existir. “Apesar dos empecilhos, estes foram os anos em que eu mais vi produção de material pelas bandas undergrounds aqui do estado. São bandas de Punk Rock, Indie, Instrumental e outras vertentes, que têm produzido um material de boa qualidade e mostrado resistência. É um verdadeiro “Não vão nos calar!””, ressalta Welson.

Capivara Underground: Programa fomenta cena alternativa na cidade
Capivara Underground (foto: divulgação)

Na capital, o trabalho de formação de uma cena viva, consistente, é árduo. Mostrar que existe trabalho sério e focado em favor da pluralidade da nossa cultura não é mole, taí uma luta cravada pela resistência de bandas, artistas, bares e pessoas envolvidas com a cena atual. Sempre existirá alguém organizando eventos e promovendo situações que fortaleçam o rolê.

Como exemplo, teremos no próximo dia 19 (sábado, no Genuíno), um evento com bandas autorais. O primeiro “Capivara Underground Apresenta“, contará com as bandas: Burning Universe, Versch, Mundo Lixo e a discotecagem de Underdark. A entrada do evento: R$ 5 pilas!

O evento será promovido de maneira independente, sem orçamento ou fins lucrativos, sempre na parceria e simplesmente com o intuito de energizar a cultura local. “Já vi altos e baixos do cenário underground em MS, mas eu tenho a absoluta certeza que nunca se deixará morrer”, conclui.

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