Antes mesmo de ser lançado, Until Dead já era sucesso. Ainda em fase de produção, no ano passado, faturou o Indie Prize na categoria mobile. A Monomyto, empresa campo-grandense que desenvolveu este jogo com cara de thriller, foi a primeira do Brasil a receber o prêmio.

Antes de mais nada … não se trata apenas de mais um jogo de zumbis, pois, no Until Dead, além de ter de matar os mortos-vivos, a missão principal é desvendar o que está acontecendo sem ser devorado por eles. O apocalipse acontece num futuro próximo, no ano de 2022, e você entra na pele do detetive John Mur para encontrar pistas e descobrir respostas para o grande mistério.

 Alexandre Leoni (ilustrador), Rafael Costa (sócio e especialista em 3D), Jefferson Ferreira (programador) e Elvis Martins (ilustrador). Julio Mello, que não está na foto, é sócio e designer gráfico. (Foto - Tatiana Marin)

Apesar de se passar no futuro, o ambiente destruído e em preto e branco, juntamente com a trilha e efeitos sonoros produzidos pela Wagin Tale, dão um ar épico ao cenário. A jogabilidade foi construída com base em conceitos de furtividade e combates táticos por turnos.

Sobre o Until Dead

O Indie Prize, recebido pela Monomyto em Seatle, nos Estados Unidos, em 2017.

Until Dead, é um game free-to-play, ou seja, pode ser jogado gratuitamente, mas podem ser realizadas compras dentro do aplicativo. Está disponível para na Google Play desde o dia 6 de março e já conta com mais de 73 mil jogadores, sendo a maioria do Brasil, Estados Unidos e Rússia. Disponível em 8 idiomas, dentro de dois meses o jogo poderá ser baixado também no IOS.

Rafael Costa, um dos sócios da Monomyto Studio, junto com Elvis Martins e Julio Mello, conta que a temática do jogo foi escolhida justamente por ser um assunto em alta. “A gente tinha a ideia de fazer um jogo e queria algo que estivesse em auge, para não perder o hype. E zombie tem isso”, conta ele e entrega que todos são da série The Walking Dead. “Queríamos algo mais artístico e de estratégia, com raciocínio e que desenvolvêssemos em um período mais rápido”, diz Rafael sobre o visual e a jogabilidade. “Desde a ideia foram 2 anos, mas há 5 meses que começamos a trabalhar mesmo”, detalha.

Monomyto

A Monomyto nasceu da união de profissionais de áreas distintas, que juntas se combinam perfeitamente para o desenvolvimento de games. Além dos três sócios, Rafael, que é publicitário com experiência em 3D, Elvis, formado em artes, e Júlio, também publicitário responsável pelo design gráfico, a equipe conta com o programador Jefferson Ferreira e o ilustrador Alexandre Leoni.

Completando o conjunto, o músico Rodrigo Faleiros, da Wagging Tail, ficou a cargo da ambientação sonora, que já havia realizado trabalhos na área, mas não em um projeto de tal magnitude. “Já participei de games jam, jogos para estudantes e universitários, mas trilha para jogo grande é primeira vez. Foi genial participar de um processo desse. Pensar em como as músicas vão se relacionar e interagir dentro do jogo, como os efeito sonoros escutados dentro do jogo mexem com a jogabilidade”, explica.

Músico e maestro Rodrigo Faleiros. (Foto - Reprodução/Facebook)O músico, que também é maestro da Orquestra Sinfônica de e faz parte da banda Jennifer Magnética, já estuda sobre trilhas e efeitos sonoros de jogos há bastante tempo e participa da Game Audio Academy há mais de 2 anos. Para as composições, Rodrigo pesquisou as referências indicadas pelo pessoal da Monomyto, passou semanas ouvindo jazz e trilhas no estilo Noir “para entrar no clima”. Após a escolha entre as ideias expostas, em cerca de 3 meses toda a sonorização estava pronta. A trilha está disponível no site da Wagging Tail.

Para saber mais sobre o game, visite o site da Monomyto Game Studio e a fan page da empresa no Facebook.