Apenas na voz, Martinho da Vila abriu o 14º Festival América do Sul Pantanal com o hino de sua carreira. No ritmo “devagar, devagarinho”, o sambista carioca cantou as três primeiras músicas só no gogó, sem ajuda de instrumentos. E assim, o cantor animou o público presente na Praça Generoso Ponce, em , na noite nesta quinta-feira (24), na abertura do evento.

Marcado para às 22h, o de Martinho da Vila começou com meia hora de atraso, mas nem isso desanimou o público, que dançou e cantou praticamente todas as músicas de sucesso do sambista.

“Na minha casa todo mundo é bamba, todo mundo bebe, todo mundo samba” foi a segunda canção do show. Ainda sem banda, Martinho foi acompanhado apenas pelo coro da plateia. Lá pela quarta música, o cantor pegou o pandeiro e deu um ritmo um pouco mais acelerado nas músicas.

Quando a banda entrou, já com mais ou menos uns 15 minutos de show, o público explodiu junto com Martinho e mostrou todo o samba no pé.

Aos 80 anos, o cantor carioca embalou um show de quase duas horas com um pique invejável.

Animadas e fãs de pagode e samba – como todo bom corumbaense -, as amigas July Romero, 32 anos, e Vera Silva, 53 anos, curtiram o show do começo ao fim e cantaram praticamente todas as músicas. “Martinho é um dos meus ídolos”, afirmou Vera.

No primeiro dia de Festival, o público ainda era pequeno e a maioria das pessoas presentes na Praça Generoso Ponce era de Corumbá.

O 14º Festival da América do Sul Pantanal começou nesta quinta-feira (24) e segue até o próximo domingo (27), com programação em Corumbá, Ladário, e nas cidades bolivianas Puerto Quijaro e Puerto Suárez.

Nesta sexta-feira (25), o show principal é do rapper Criolo, que sobe ao palco na Praça Generoso Ponce por volta das 22h30. Mas antes, quem abre a noite é o grupo de rap indígena BRÔ MC's, de Mato Grosso do Sul.

(A repórter Tatiana Marin cobre o Festival América do Sul Pantanal a convite da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul)