Pular para o conteúdo
MidiaMAIS

Indígena mantém tradições em livros bilíngues

Escritor desde 1984, Olívio Jekupe, da aldeia Krukutu localizada entre os municípios de São Bernardo do Campo e Parelheiros na Grande São Paulo, vê na escrita uma oportunidade de manter a língua nativa indígena ainda viva em meio à modernidade.
Arquivo -

Escritor desde 1984, Olívio Jekupe, da aldeia Krukutu, localizada entre os municípios de São Bernardo do Campo e Parelheiros na Grande , vê na escrita uma oportunidade de manter a língua nativa ainda viva em meio à modernidade.

“O Saci Verdadeiro”, “Ajuda do Saci”, “Tupã Mirim, o Pequeno Guerreiro” e “O Presente de Jaxy Jatere”, mais recente e lançado no começo deste ano, são algumas das publicações que recheiam o currículo do escritor que mudou o formato das obras de críticas e adultas, para infanto-juvenis devido à maior facilidade na publicação.

Segundo Olívio, o fato do livro ser bilíngue facilita para a criança escrever uma história indígena na própria língua, que falam desde o nascimento, o que já torna a alfabetização mais fácil desde cedo.

“Tenho dois filhos que são escritores, Tupã Mirim e Jeguaká Mirim, os dois já publicaram livros. Como hoje há escolas na aldeia, de repente descobrem um talento. Antes não tinha escola e muitos não sabiam ler e escrever. Hoje podem publicar suas próprias histórias”.

A aldeia e a natureza inspiram Olívio com o silêncio e a tranquilidade que traz ideias boas sobre qualquer tema que lhe interessa escrever. O Saci foi uma representação que Olívio reitera ser mal-interpretado pelas pessoas como simbolo de sorte, mas que na verdade é a proteção da natureza.

Luta de Pai pra Filho

O filho, Jeguaká Mirim, seguiu os passos do pai como escritor e também foi mais além. O jovem de 17 anos também faz performances de rap com o nome artístico de Kunumi MC. O garoto alcançou abrangência internacional após aparecer na abertura da Copa de 2014 no com uma faixa vermelha clamando por demarcação, em referência às cada vez menores terras destinadas aos indígenas.

Jeguaká possui dois álbuns digitais presentes no Spotify e que podem ser ouvidos no serviço de streaming de graça. A vontade de compor decorreu da escrita passada pelo pai e as letras falam sobre justiça, demarcação e sobre a cultura indígena.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Família procura por idoso que sofre da Doença de Alzheimer desaparecido neste sábado

Idoso perde R$ 1,2 mil ao cair em golpe de falso advogado com conta de WhatsApp clonada

Polícia Militar prende dupla em flagrante após furto de motocicleta e iPhone

Corinthians joga mal e perde para o Mirassol em duelo com cavadinha errada de Memphis

Notícias mais lidas agora

Retomada há 2 anos, obra de radioterapia do HRMS avança a passos lentos e chega a 70%

‘Sempre foi minha maior inimiga’: o que comemorar quando você cresce com uma mãe narcisista?

onça atacou gato

Suposto ataque de onça em Aquidauana deixa moradores em alerta: ‘a vizinha jura que viu’

MS já teve 22 postos autuados por irregularidades em bombas de combustível até abril de 2025

Últimas Notícias

Polícia

Confronto em Itaporã termina em morte após denúncia de violência doméstica

Na residência foram apreendidas três armas de fogo que seriam de posse do homem que acabou morto

Esportes

Flamengo mantém tabu e derruba Bahia no Maracanã com gol solitário de Arrascaeta

Flamengo reassumiu de forma provisória a liderança do Campeonato Brasileiro, mas pode ser ultrapassado pelo Palmeiras no domingo

Brasil

Corpo de arquiteto desaparecido após show da Lady Gaga é encontrado

Arquiteto Igor Sousa havia desaparecido na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi encontrado próximo às Ilhas Cagarras na manhã deste sábado (10)

Trânsito

Após batida forte entre dois carros, Bombeiros ‘serram’ veículo para retirar vítima

Corpo de Bombeiros Militar fez uso de aparelho desencarcerador, com objetivo de remover partes da estrutura do veículo e possibilitar a extração segura da pessoa