O primeiro romance da escritora Juliana Feliz, “As Cinzas de Altivez”, está gratuito para download de sua versão e-book deste domingo (19) até o dia 23 de agosto. A nobre ocasião da distribuição gratuita da obra, segundo a autora, é a efeméride do julgamento das “Bruxas de Salém”, que ocorreu nesta mesma data em 1962, no povoado de Salém, em Massachusetts (EUA).

Acontecimentos históricos relacionados à Santa Inquisição – dentre elas, o julgamento das Bruxas de Salém, no qual houve a prisão de 150 mulheres e execução de 20 outras sob acusação de bruxaria – é uma forte referência não só em “As Cinzas de Altivez”, mas na carreira literária e acadêmica da autora.

“Toda essa questão da Inquisição, da “Caça às bruxa”, sempre mexeu comigo. Meu livro tem muitas influências e referências. Assim, como todo autor que disponibiliza a obra para venda na Amazon tem direito a alguns dias de gratuidade na plataforma, eu já tinha mentalizado essa distribuição nos últimos dias. Daí aproveitei esta data para promover a gratuidade, pois além de ser muito significativo, está de certa forma presente na obra”, conta Juliana Feliz.

Juliana conta que o interesse no tema surgiu após ser presentada, por Rose Marie Muraro, com a obra “O Martelo da Feiticeiras”, um escrito medieval que descreve o manual dos inquisitores. Eu li o livro e fiquei muito impressionada. Tanto é que por isso comecei a desenvolver meus estudos na área de gênero, tanto na especialização como no mestrado”, conta. Esta é uma das razões, a propósito, de “As Cinzas de Altivez” trazer uma protagonista feminina. “A questão do feminino e do conhecimento são traços fortes, que vem dessas referências”, conta a autora.

O download da obra pode ser realizado gratuitamente até a próxima quinta-feira (23). Para obter a cópia, que pode ser lida tanto em dispositivos Kindle como em smartphones e na tela do computador, basta clicar AQUI.

A obra

O enredo se passa em um mundo ficcional, ou seja, foi literalmente “criado pela autora”. A história se passa em Ordália, mundo com paisagem que remete a cenários como Portugal, Espanha e Inglaterra, no qual, cada detalhe foi inspirado significativamente – até os animais foram inventados.

Em memória da Inquisição, e-book da obra "As Cinzas de Altivez" segue gratuita até quinta
“Criador e criatura” encontraram-se durante lançamento do livro (Foto: Reprodução | Facebook)

Na história, quem se destaca é Ariadne, uma jovem estudante que vive em uma sociedade cerceada de liberdade. Curiosa e questionadora, ela se intriga com estranhas situações e, ao tentar investigar, e sua vida muda após um encontro com seu professor.

Da criação à finalização do romance, Juliana Feliz desenvolveu o trabalho sem apoio institucional, mas, contando com amigos talentosos que conseguiram imprimir no produto final a marca registrada da história idealizada em um universo ficcional. A primeira edição totaliza 500 exemplares físicos, dois quais cerca de 200 unidades foram vendidas durante a pré-venda e na noite de autógrafos.

Histórico da autora

Em memória da Inquisição, e-book da obra "As Cinzas de Altivez" segue gratuita até quinta
Obra de Juliana Feliz teve fortes influências de assuntos relacionados à Santa Inquisição (Foto: Reprodução | Facebook)

Jornalista formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Juliana é mestre em Estudos de Linguagens (Linguística e Semiótica) e especialista em Imagem e Som pela mesma instituição. Além disso, é licenciada no curso de Letras (Língua Portuguesa e Literaturas), pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro. Atuou como jornalista em agências de notícia, assessorias de imprensa e atualmente é professora universitária em cursos de graduação e pós-graduação na área de Comunicação.

Juliana Feliz é associada da União Brasileira de Escritores de Mato Grosso do Sul, grupo para o qual foi convidada em 2016. Neste período participou por duas vezes da Feira Literária de Bonito (FLIB), na qual participou como convidada e trocou experiências sobre o trabalho dela com outros escritores.