As vasilhas coloridas coladas nas paredes em textura de cimento queimado fazem jogo com os caixotes de hortifrutis e o design industrial que decora todo o escritório. Montado em um prédio dos anos 1980, projetado por Gil de Camilo, na avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande, o ambiente é compartilhado por cerca de 20 pessoas, no estilo coworking.
O capricho na decoração é todo do proprietário do escritório, Josué Sanches, que além de pensar no conceito, também colocou a mão na massa, no famoso jeitinho “faça você mesmo”. Foi ele mesmo quem colocou as vasilhas coloridas nas paredes do escritório. “Primeiro tentei fazer com fita adesiva, mas ficava caindo. Então, tentei uma segunda opção, com cola tipo superbonder e deu certo”, conta o empresário.

Josué também ressalta a praticidade do cimento queimado das paredes, que em caso de ser danificada é fácil de resolver. “Esse tipo de textura é bem desregular até mesmo nas tonalidades em cada parte da parede, então, caso estrague um pedaço pequeno, com a cola dos quadros ou pregos, é só arrumar no lugar danificado que está tudo bem, não precisa pintar a parede toda, como é o caso de outras tintas”, explica.
Outro detalhe que chama bastante a atenção logo na entrada do espaço são os quadros feitos com a técnica chamada String Art. Com linhas e pregos, formam as frases: “vai lá e faz” e “na dúvida vai”. Próximo à porta, ele usou a mesma arte para escrever a palavra “Conectivo”, nome da empresa, e desta vez foi direto na parede. Todos foram feitos por Josué mesmo. “Comprei as tábuas, que são de restos de madeira, coloquei os pregos fazendo o desenho e depois é só brincar com as linhas”, diz.
Tanto nas áreas comuns quanto nas salas privativas, os caixotes de hortifrutis servem como armários. Seguindo a ideia de reaproveitar materiais, um tambor de óleo virou uma estilosa mesinha.
“Embora eu seja publicitário, sempre fui um curioso da Arquitetura e um entusiasta do DIY (Do It Yourself – Faça Você Mesmo), por isso, apostamos no design autoral criando algumas composições e botando a mão na massa pra ter uma dose de originalidade e conexão com o conceito da marca”, revela Josué.
Arquitetura
O conceito factory design – ou design industrial – nasceu da transformação de velhos galpões no Brooklyn e de áreas desvalorizadas em ambientes de trabalho descolados e geniais. E foi exatamente este perfil que Josué escolheu para compor o escritório compartilhado.
A começar pelo teto que teve o forro de 120 m² removido, deixando a laje exposta. A textura de cimento queimado, já citado aqui no texto, também complementa o conceito arquitetônico.

A fiação do escritório é “escondida” em eletrocalhas, que também compõem o visual de indústria. E
o conceito continua nas luminárias com toque moderno e ganha um charme com os tapumes de obras, feitos de OSB, mas que também servem para melhorar o isolamento acústico do espaço.
No contraste, mas feito propositalmente, Josué colocou vasos com plantas bem no centro da sala principal do escritório. “Para dar um pouco de vida ao ambiente”, explica.
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