Agro Inteli é o nome da startup voltada para o agronegócio, a base da economia de Mato Grosso do Sul. Com menos de um ano no mercado, a empresa entrou para a lista Innovations Ranking LATAM das mais inovadoras da América Latina.
O Innovations Award LATAM é o maior prêmio da América Latina para startups, que são empresas dedicadas a um modelo de negócios com ingredientes de inovação que pode ser empregado escalável e repetidamente, sem garantias de retorno.
A Agro Inteli também recebeu mentoria do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e de Harvard, pela qual receberam consultoria das universidades americanas. Além disso, a startup recebeu incentivo do Start-Up Brasil (Programa Nacional de Aceleração de Startups), que é uma iniciativa do governo federal, criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com aceleradoras, e tem o apoio do Living Lab, espaço colaborativo do Sebrae.
A título de outras iniciativas sul-mato-grossenses, a Agro Inteli chegou para reforçar que o estado está se atentando para esse modelo de negócio. Outras startups de destaque em Mato Grosso do Sul são a Jera – desenvolvedora de aplicativos -, e duas das startups do empreendedor serial Flavio Estevam: a Namoro Fake – para aluguel de namorados – e a Dinneer – que é como um AirBnB de jantares.
Problemas do campo
A Agro Inteli foi idealizada por Renato Borges, que é filho e neto de produtores rurais e viveu os problemas que cercam as atividades do campo. “O clima é o um dos maiores”, afirma o empresário. Engenheiro e mestre em computação, ele percebeu que poderia resolver os problemas relacionados a agrometeorologia com tecnologia.
“Nosso estado depende do agronegócio, o Brasil depende do agronegócio. Desde pequeno, sempre fui colocado aos mesmos problemas de clima, falta de água e depois percebi que o problema era de todos. Mesmo não sabendo nada do agro, sabia que poderia solucionar os problemas através da tecnologia”, disse Renato ao MidiaMAIS.
Segundo Renato, normalmente as decisões são tomadas com base em intuições, como em “olhar para o céu e dizer se vai chover e não na base da exatidão, então eles têm pequena assertividade. Com a tec muda isso, o software transforma as informações em alguma exatidão da chuva, onde vai passar na fazenda. Quem mexe com agricultura sabe que é importante saber onde choveu e onde não choveu”, ressalta. “Nosso objetivo é democratizar a tecnologia no campo, abastecer o pequeno e o médio produtor, que são a maioria”, descreve.
Como funciona
Primeiramente é realizada a coleta de informações sobre a propriedade com o produtor rural ou o agrônomo responsável. Então são gerados relatórios específicos baseados em metadados meteorológicos do mundo inteiro e também de sensores oferecidos pela empresa, quando o produtor rural faz a opção.
“As estações meteorológicas são uma das fontes da nossa tecnologia, mas a gente também fornece as estações para nossos clientes, mas fazemos uma combinação de dados”, explica. Com tais informações, o software “mostra em tempo real o que está acontecendo na fazenda, se vai chover, quanto choveu, qual talhão que choveu ou não”, adiciona.
Os relatórios podem mostrar em tempo real o que acontece na fazenda, ou informar onde e quanto choveu e até previsões de precipitação. Além disso, o sistema reporta a temperatura e a umidade do solo e umidade da folha, o que é importante para tomadas de decisões em relação à pulverização.
Saiba mais sobre a Agro Inteli no site e no Facebook.
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