Captura de áudio foi feita por músico que abriu show do ‘Maluco Beleza’

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A 79ª edição da Expogrande, a maior feira agropecuária de Mato Grosso do Sul, está prestes a ser realizada, no lugar de sempre, o parque de exposições Laucídio Coelho. E é claro que em quase oito décadas de evento, muita história inusitada sobre o evento segue guardado nas gavetas e arquivos de quem documentou cada show que Campo Grande recebeu na programação da Expogrande.

Como um inusitado show do ‘Maluco Beleza’ Raul Seixas, um dos maiores roqueiros brasileiros, que fez história com sucessos como ‘O Diabo é o pai do Rock’, ‘Gita’, ‘Tente outra vez’ e ‘Eu nasci há 10 mil anos atrás’. Além do registro fonográfico em ótima qualidade, o que chama atenção é que em meio a cultura do sertanejo, o músico baiano foi uma das atrações da Expogrande de 1974 – muito embora o evento provavelmente não fosse conhecido com este nome, quatro anos antes da criação de Mato Grosso do Sul.

O responsável pela captação do áudio foi o produtor musical Cláudio Roque, do C. Roque Estúdio. Há cinco dias ele postou no canal que mantém no Youtube o raríssimo registro, feito em 17 de julho de 1974. A publicação, claro, chamou a atenção não só de campo-grandenses, mas de fãs de Raul Seixas. “Nessa época, em 1974, eu trabalhava com música e minha banda fazia abertura dos shows. Em 1974 o Raul já tinha uma carreira consolidada, era conhecido no Brasil inteiro, nota-se a loucura que era os Shows dele pela reação da plateia. Foi uma loucura”, comentou o produtor nos comentários do vídeo.

“Som Pirata” e grande elenco musical

No dia do show, a propósito, subiram ao palco da Expogrande, segundo Cláudio, os cantores Wanderléa, Djalma Pires, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha, Sérgio Reis, Wanderley Cardoso, Raul Seixas e vários grupos paraguaios. A banda de Cláudio, ‘Os Musicais’, fez a abertura da apresentação de Raul.

“Capturei esse show em uma fita cassete. Naquele tempo não existia vídeo, eu carregava meu gravador de fita cassete Phillips estéreo para gravar os shows que minha banda fazia. O áudio não é lá aquelas coisas porque foi capturado com dois microfones, um em cada lado do palco para dar a sensação do estéreo. Não tinha mesa de som, era acústico, som direto. Essa gravação é inédita e está completando, agora em 2017, 43 anos. Naquele tempo esse tipo de som era chamado de ‘som pirata'”, concluiu o produtor.

(Caso o player abaixo não funcione, clique AQUI para ouvir o áudio do show).