Agremiações desfilam neste domingo (26) e na segunda (27)
Que as Escolas de Samba de Corumbá são, por si só, uma atração a parte da festa, todos nós sabemos. E em 2017, tanto a competição do Grupo de Acesso quanto a do Grupo Especial continua acirrada, conforme explica a presidente da Mocidade Independente da Nova Corumbá, do Grupo Especial, Fernanda Vanucci. “Esse ano estamos trazendo um enredo sobre a classe trabalhadora e assim que acabar o Carnaval já começamos a pensar no ano que vem. Temos uma comunidade muito boa, e o Carnaval significa tudo para nós”, define.
As lutas trabalhistas, segundo Fernanda, vão buscar o bicampeonato, pelos olhos do jovem carnavalesco Val Araújo, de 23 anos. Essa é sua estreia no Carnaval como carnavalesco, e embora jovem, afirma que irá com muita garra para a Avenida. “Vai ser emocionante ver nosso sonho se realizando na Avenida do Samba”, explica.
Saindo do barracão da Mocidade, onde os trabalhadores do Carnaval finalizam fantasias dos 900 componentes em 15 alas e 4 carros alegóricos, a bateria se concentra na rua. É o ensaio que acontece religiosamente antes do Carnaval. E munidos de instrumentos poderosos tem gente de todas as idades. O estudante Bruno Gabriel, de 13 anos, é um dos mais jovens. Tocador de “repilique”, um tambor bem sonoro, mesmo com pouca idade já desfilou duas vezes. Seu amigo é Claudinei Gomes, de 11 anos, que também toca o mesmo instrumento. Os rostos de criança brilham no meio da bateria da escola: é hora de ditar o ritmo do desfile, tão aguardado por todos.
A Império do Morro conta com cerca de 1 mil componentes, seis carros e 14 alas, e segundo o presidente Edson Cáceres, religião e festa se encontram em um enredo que homenageará São João. A escola foi vice-campeã em 2016 e agora quer alcançar o primeiro lugar. “É a emoção de muitos meses de trabalho, mais de 12 aderecistas e 13 costureiras. Queremos vencer com garra e competência mostrando encontro entre a tradição e o sacro dessa festa”, analisa. O colorido e a alegria são as apostas do carnavalesco Kiro Panovitch para impressionar.
A história do Brasil também é a aposta da Escola de Samba A Pesada para vencer com o enredo “De Cabral ao atual, um Brasil sem igual. Cultura, dança e miscigenação”, revisitando a história do Brasil. Seis carros alegóricos seguidos de 15 alas contarão desde a chegada de Pedro Álvares Cabral até os acontecimentos atuais. Já a escola Marquês de Sapucaí trará para a passarela do samba o enredo “Tributo à Beleza”, com 12 alas e com cerca de 900 componentes, sob responsabilidade da presidente da agremiação, Odeti Brinckler de Oliveira Bueno. Por fim, a Vila Mamona chega com o enredo “Os jogos já começaram e a Vila se lança para a sorte”. Com mais de 800 componentes, a agremiação falará sobre a arte da aposta, da vitória e da derrota.
Segundo grupo
As escolas do segundo grupo desfilam neste domingo (26), e a escola Estação Primeira do Pantanal desfilará pela sétima vez pela passarela do samba, desta vez, homenageando o promoter corumbaense, João Batista, mais conhecido com JB. Quatorze alas darão visibilidade as festas temáticas realizadas por ele ao longo dos anos. “Ele já fez muitas festas, muitas noites marcantes e será um desfile muito bacana. É muito legal para nós poder contar com a contribuição de um personagem para o desfile”, analisa o presidente da escola Valber Pierre Messias.
As demais escolas que desfilam também prometem fazer Bonito. A Imperatriz Corumbaense vai homenagear Luiz Cambará, um dos maiores compositores de sambas de enredos e incentivadores da folia. A escola vai levar para a avenida a adaptação do samba enredo utilizado pela antiga escola de samba Imperatriz, que pertencia à família Cambará, no carnaval de 1975 em Corumbá, “Exaltação a Primavera, a Imperatriz e a Luiz Cambará”. Com 500 componentes, a Caprichosos de Corumbá traz o enredo “O passo real a corte do carnaval. Que rei sou eu?“, que falará sobre a história do ego dos seres humanos.
Já a Escola de Samba Major Gama comemorará o samba na passarela corumbaense, com o enredo “História do gênero que é a cara do Brasil: Cem anos do samba”. Com 10 alas e 600 componentes, promete uma bateria luxuosa e algumas surpresas durante o desfile. Por fim, a Acadêmicos do Pantanal, que desfilará em terceiro na Passarela, brindará o público, literalmente, com o enredo “Bar Brasil – um mundo a parte e único”, enaltecendo o amor dos brasileiros pelo bom e velho botequim. A escola entra com 12 alas e 650 componentes.
