De barata a caução de R$ 200: como a noite de prazer no motel virou noite de horror

Busca por relax com hidro não saiu como esperado por casal

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Busca por relax com hidro não saiu como esperado por casal

Depois de um exaustivo dia de trabalho debaixo de sol no último sábado (16), tudo o que a agente de correios Letícia Luiza von Holleben queria era descansar e relaxar numa hidromassagem. Daí surgiu a ideia de investir grana numa noitada boa em algum motel da cidade, ao lado do ‘crush’. Ela pesquisou na internet por suítes com hidromassagem e decidiu por um motel na região norte da cidade. Sem carro, o casal tomou um Uber (em tarifa dinâmica!) e foi até o local, na expectativa de gastar R$ 90 com a suíte.

Só que o que devia ser uma noite de prazer, diversão e relaxamento tornou-se uma noite de tensão com picos de horror, com direito a barata voyeur, edredom xexelento e suíte alagada, tal como Letícia relatou na comunidade ‘Aonde não ir em Campo Grande’ no Facebook – grupo que reúne queixas de consumidores insatisfeitos com serviços da cidade. A descrição dá conta desde constrangimento na portaria, na entrada e na saída, e a ‘incrível ausência’ de frigobar.

É claro que a ‘denúncia’ tornou-se um sucesso no grupo, que tem quase 95 mil membros. As reações do internautas fez com que a jovem passasse a noite entre gargalhadas. “Eu tô rindo agora, mas no dia fiquei bem pistola. Ah, e eu não ligo não de me expor, porque todo mundo tem direito a ter vida sexual e além disso não é vergonha alguma ir ao motel. Só que nesse ninguém merece ir, desaconselho mesmo!”, destaca a agente.

A pé sai mais caro?

De barata a caução de R$ 200: como a noite de prazer no motel virou noite de horror

Desmoronar e alagar, digamos assim. Segundo o relato e registros feitos pela agente, o ar-condicionado vazava água pela parede e a tão sonhada hidromassagem simplesmente não enchia. “Porque vazava água também. A gente enchia e quando via ela estava secando. E quando notamos o quarto estava alagado e minha sandália toda molhada. Vale lembrar que foi uma noite muito quente e o ar-condicionado não estava gelando bem, um horror”, conta.

Na cama, ao solicitarem um cobertor, a reação de Letícia e seu crush foi de surpresa. “A gente já estava impressionado porque não tinha frigobar, porque qualquer motel de cinquentão tem frigobar e wi-fi, né? Mas, aí veio um edredom tão velho que chegava a estar transparente em umas partes”, narra.

Intrusa e indesejada

Apesar da experiência negativa, Letícia já consegue rir do episódio (Arquivo pessoal)Segundo Letícia, quando a fome atacou, surgiu a ideia de pedir delivery a alguma lanchonete da região. “Mas nem tinha como, porque o dinheiro tava na portaria, junto com os documentos da gente. Foi quando eu mexi na bolsa e achei R$ 20. Pensei: ‘de fome a gente não morre’ e pedimos um lanche. Achei estranho é que o motoqueiro foi até o quarto entregar, não foi entregue na portaria”.

Mas, a gota d’água que transformou a noite literalmente em pânico foi uma visita surpresa, que chegou sem ser chamada. “Eu estava curtindo a hidro quando o boy arregalou os olhos e falou pra eu ter calma, porque tinha uma barata descendo a cortina. Eu dei um pulo, fui parar do outro lado do quarto, e aí a noite acabou, porque a gente ficou com medo da barata voltar, né? A gente tem pavor de barata”, relata Letícia.

Mesmo assim, o casal permaneceu no quarto a noite toda. Para coroar o grand finale, e foi hora de voltar pra casa, mais um dissabor. “Ficamos mais de 15 minutos esperando na portaria pra pegar os documentos, tive que entrar num quarto que estava aberto e interfonar para que a funcionária aparecesse e a gente pudesse sair”, finaliza.

Letícia revela que não tem intenção, por ora, de reclamar do serviço no Procon. “É um desgaste muito grande. Seria bom se eles tivessem a sensibilidade de devolver o dinheiro, porque outra noite lá não quero nem de graça, ainda mais quando descobri que foi lá onde assassinaram uma musicista na Capital. Pensei que era só o que faltava a gente ter ido na mesma suíte. Ainda bem que não foi”, conclui.

A reportagem procurou ouvir a gerência do estabelecimento, mas até a publicação desta matéria não conseguiu contato.

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