Cia Dançurbana realiza mostra com estudos de dança e desenvolvimento de espetáculos
Público poderá conhecer o processo de trabalho do grupo
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Público poderá conhecer o processo de trabalho do grupo
Nos dias 12 e 13 de abril, a Cia Dançurbana realiza uma mostra de processos do espetáculo “Poracê”. O objetivo do evento é compartilhar com o público o processo de criação dessa apresentação, ainda inédita. Serão duas mostras, a primeira na quarta-feira (12), às 10 horas, na Ginga Espaço de Dança e, a segunda, na quinta-feira (13), às 20 horas, na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), na capital. A entrada é gratuita.
O diretor e coreógrafo da companhia, Marcos Mattos, explica que a proposta das mostras é aproximar o público do trabalho da Cia Dançurbana, para que se entenda a concepção do mesmo. “Queremos mostrar como estamos construindo ‘Poracê’, levar os processos de trabalho para mais perto das pessoas. Cada espetáculo tem uma forma própria, um tema diferente, uma pesquisa e técnicas de danças específicas. Gostamos muito desta aproximação com o público”, diz.
O espetáculo começou a ser criado em 2016, com duração de sete meses. No tupi-guarani “Poracê” significa Dança. E é com as danças e seus processos de criação que este espetáculo se envolve. Com as danças de três criadores, cada um com formações e experiências diferentes, e que por meio de um processo de residência artística, desenvolveram uma temática inspirada na gênese da língua Nheengatu ou língua Brasílica, uma miscigenação de línguas, o tupi-guarani, português e espanhol, que se entrecruzaram para o surgimento de uma linguagem. Ou seja, assim como a Nheengatu foi criada com base em três línguas distintas, a linguagem de dança deste espetáculo foi construída por três profissionais com conhecimentos e bagagens desiguais.
A companhia debruçou-se sobre “uma ideia de dança de índios” (uma fabulação), algo que já estava no imaginário dos criadores. Marcos elucida que a parturição da língua pesquisada e a sua sonoridade, provocaram os coreógrafos e os intérpretes-criadores na incursão no universo indígena, traçando um paralelo com a criação dos movimentos das danças urbanas (tão influenciados pela sonoridade das letras (rap) e das batidas das músicas da cultura Hip Hop). “Pesquisamos a aproximação desses modos de compor dança, música e movimento, em diálogo com o contexto local”, completa. Em cena, danças urbanas, dança contemporânea e técnicas de improvisação serão vistas nos movimentos.
O projeto está sendo realizado por meio do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015 e Prêmio Célio Adolfo de Incentivo à Dança 2016. As apresentações do espetáculo acontecem em maio. O Ginga Espaço de Dança, na rua Brigadeiro Tobias, 956, bairro Taquarussu. A UEMS fica localizada na avenida Dom Antônio Barbosa (MS-080), 4.155. Nos dois dias a entrada é gratuita. Outras informações pelo telefone (67) 9 9238-2829.
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