Cães terapeutas ajudam a conquistar independência e coordenação motora

Projeto é do Corpo de Bombeiros

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Projeto é do Corpo de Bombeiros

Não é de hoje que o ser humano percebeu o quanto ter um bichinho de estimação faz bem para a alma. E mais que isso, cuidar de um gatinho ou de um cãozinho se mostrou uma atividade cheia de coordenação motora e desenvolvimento de responsabilidade. No caso dos cães, algumas raças são totalmente inteligentes e dotadas de características que podem ajudar, e muito, o ser humano. Pensando nisso, o projeto “Cão Herói, Cão Amigo”, do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, está ajudando pessoas de várias idades, através do contato com cães da raça Golden Retriever. 

Os cãezinhos “terapeutas” são simpáticos e calmos, conforme explica Capitão Fábio, coordenador do projeto. “O projeto existe desde 2012, iniciamos com terapia na APAE de Corumbá. Vim para Campo Grande em seguida e implantei aqui. O objetivo maior dele é que atenda crianças especiais, autistas, crianças com Síndrome de Down e idosos”, relata ele. 

Segundo Fábio, são três cães, Airon, Argos e Kauê atuando como terapeutas, e um “cadete canino” em treinamento, o cãozinho Bolota, de três anos. Os cães da raça Golden foram escolhidos pelo temperamento, mas vários outros cachorros podem ser treinados. “A raça ajuda, pois seu temperamento é o de ser um cão bem bonzinho e dócil. O cachorro para ser terapeuta não pode estranhar objetos, pessoas, ruídos, precisa ter zero agressividade”, diz. Após o treinamento, eles passam a ajudar os participantes do projeto. O cachorro também passa a morar com seu condutor. O cão Airon mora com Fábio, e o projeto conta com bombeiros militares voluntários. 

Terapia com resultado

Fábio enfatiza que a terapia com os cães é eficaz, se combinada com outras terapias, e esse é um projeto multidisciplinar. “Professores, pedagogos, todo mundo que possa auxiliar, ajuda na terapia, e o cão é uma motivação a mais, um estímulo mesmo. As terapias ocorrem com uma hora de duração”, acrescenta. Nesta 1 hora, os participantes trabalham a socialização, a afetividade, a parte emocional, aprendizado da responsabilidade de lidar com o cachorrinho, além da memória, coordenação cognitiva e motora. 

“Fazemos algumas atividades e treinos, como colocar alguns cones enfileirados, e o aluno vai levando o cachorro com a guia, fazendo um zigue-zague, direita e esquerda. Também temos o exercício de escovar o pêlo do cão, o idoso ou aluno treina a empunhadura e o movimento das mãos”, relata o capitão. 

SERVIÇO – Quem quiser efetuar a inscrição no projeto, é preciso ir até o quartel do Corpo de Bombeiros no Parque dos Poderes, em Campo Grande, e solicitar um agendamento. Os bombeiros cadastram as informações dos interessados e dão retorno sobre as datas e horários.

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