Folhas deixam a transição para o inverno mais bonita
A cena é a mesma todos os anos. Mas sempre encanta: chega o fim do outono, os ipês ficam coloridos e, quando flores caem o chão vira tapete colorido. Difícil não parar para uma foto, ou apenas para ver a beleza, espalhada por praças, por terrenos ou mesmo no canteiro da avenida mais famosa da cidade, a Afonso Pena. Neste domingo, por exemplo, em vários pontos da via há o tapete rosa.
A maioria dos registros sempre vão parar nas redes sociais. O blogueiro Paulo Victor, de 26 anos, é um dos internautas que sempre que pode registra a ‘chuva’ de flores e publica nas mídias sociais.
“Eu sempre fico admirando. A minha cor de ipê favorita é o rosa e sempre que estou com tempo, para e faço uma foto ou um SnapChat”, conta.
Para a estudante Laura Luíza Assman Klaine, de 15 anos, os ipês transformam a cidade de Campo Grande, e principalmente os parques.
“A cidade fica mais bonita e eu adoro tirar fotos principalmentne no Parque das Nações Indígenas. Todas as cores são lindas, mas o amarelo é o meu preferido, chama mais a atenção”, diz.
O clima monocromático, cinzento, que costuma marcar a passagem do outono para o inverno não é realidade de Campo Grande, que além de ter o apelido carinhoso de ‘Morena’, pela terra vermelha, também é conhecida como a ‘Cidade do Ipês’.
Em 2012, a Capital sul-matogrossense foi eleita a mais arborizada do país, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e apesar de levar a fama, não é só por causa dos Ipês. A espécie encontrada com maior frequência é o oiti. Ainda segundo o IBGE, o oiti representa mais de 18% das árvores plantadas no município.
A primeira espécie de ipê que aparece na relação e na décima posição é o ipê roxo, com 1,65%. Podendo atingir de 8 e 15 metros alturas e originário das restingas costeiras do nordeste do Brasil.