Em Campo Grande, gamers ficam na expectativa de Pokémon Go e planejam até ‘Caçada’
Existe até petição on line para jogo entrar em funcionamento
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Existe até petição on line para jogo entrar em funcionamento
Ao mesmo tempo em que é o maior sucesso de todos os tempos entre os apps de smartphones, Pokémon Go também é uma das maiores frustrações, pelo menos no Brasil. Isso porque, mesmo tendo sido liberado nos EUA, Austrália e Nova Zelândia e em alguns países europeus, o jogo ‘febre’ do momento ainda está bloqueado por aqui. Na prática, ele até abre, mas elementos fundamentais para evoluir na história, como os ‘poké stops’, ‘ginásios’ e, principalmente, Pokémons ainda não aparecem na tela do celular.
O que resta, portanto, é expectativa e, em alguns casos, planos. Prova disso é um grupo criado no Facebook, o ‘Pokémon Go Campo Grande’, que segue a tendência de comunidades criadas Brasil a fora com o objetivo de mapear a cidade e até planejar ‘Caçadas Pokémon’. É que como o jogo pede deslocamento real pelas ruas da cidade com o telefone à mão, torna-se muito mais seguro reunir uma turma para capturar os monstrinhos virtuais.
Em Campo Grande, o jogo já funcionou, mas somente por poucas horas, durante a noite do dia do lançamento (5) australiano. Indisponível nas lojas de apps brasileiras, eram necessárias algumas artimanhas para baixar o jogo, como uma espécie de arquivo pirata para celulares Android ou criar uma conta gringa nas lojas virtuais da Apple em que Pokémon Go estava liberado, no caso, Austrália e Nova Zelândia.
Assim, quem conseguiu burlar esses obstáculos, notou vários poké stops – locais onde pode-se recolher bônus diários – e até ginásios pokémon espalhados pela Capital. Todos eles estão ancorados sobre o mapa real da cidade. A reportagem, por exemplo, constatou um ginásio bem onde funciona a igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro Jardim Monte Líbano. A poké stop mais próxima de lá ficava a uma quadra, onde é a Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
A alegria durou bem pouco e no dia seguinte já não funcionava mais. E de lá para cá o projeto de sair pela cidade para ser um verdadeira treinador pokémon continua no campo das ideias. A expectativa é tão, mas tão grande, que existe até uma petição online com mais de 10 mil assinaturas para que a Niantic, empresa que produziu o game, habilite o servidor que permite a funcionalidade de Pokémon Go no Brasil.
‘Caçadas Pokémon’
No grupo ‘Pokémon Go Campo Grande’, os gamers discutem o tempo todo sobre as regras, gameplay e até preparam-se para uma caçada, na qual deverão sair em grupo percorrendo locais em que possam haver Pokémons mais raros. A ideia é que, com o grupo, um mapeamento da cidade aponte onde estão poké stops e ginásios.
“Uma caçada Pokémon com a galera iria ser uma boa ideia, já que com muitas pessoas evitam-se os assaltos. Minha expectativa está lá em cima, ainda mais com os eventos de capturar os Pokémons raros, etc”, comenta Christoffer Genova, integrante do grupo, que ainda não conseguiu jogar. “Nem quando lançou, só peguei os iniciais mesmo. Toda madruga tô tentando entrar, mas não aparece nada no mapa”, relata.
Com dezenas de bichinhos capturados, Fernando Santos, também do grupo, é um dos milhares de brasileiros que decidiram não esperar. Com aplicativos adicionais, é possível capturar Pokémons como se estivesse num dos países em que o jogo já está disponível, como os Estados Unidos. “Na verdade não estou capturando daqui de Campo Grande e sim dos Estados Unidos, Alemanha, nos lugares que a empresa já liberou”, relata.
O criador do grupo, Lucas Airton, foi um dos poucos que conseguiu aproveitar a noite de lançamento e desbravar a cidade em busca de Pokémons. Para ele, entretanto, por mais que as expectativas sejam boas, muitos usuários deverão tentar ‘burlar o sistema’ com aplicativos que alteram a percepção do GPS do telefone, fazendo com que não se tenha, necessariamente, que sair de casa para capturar os bichos.
“A demora não está me deixando ansioso, eu já fui assim com os games, esperava um game e ficava doido para jogar. Só que tive muitas decepções, então agora prefiro que o jogo demore de lançar e saia uma coisa boa, ao invés de lançar logo e sair um jogo ruim”, afirma.
Além do grupo, todos os olhares também estão voltados para o site Pokémon Go Brasil, que seria um tipo de ‘nave mãe’ condutora da ansiedade e expectativas dos jogadores brazucas. Enquanto não aparece por aqui, notícias e até manuais de iniciantes são postados diariamente como forma de manter brasileiros ocupados até o lançamento – que, a propósito, não deve demorar: a disponibilização do jogo nas lojas Android e Apple começou pela Austrália, avançou para a Alemanhã e já está em Portugal. Caso Atlântida, o continente perdido, não esteja sendo considerado, o próximo ponto seria o Brasil e a América Latina.
Considerando a velocidade atual de lançamento, até domingo Pokémon Go deve estar por aqui. Logo, não estranhe se vir na rua pequenas ‘gangues’ de treinadores Pokémon com celulares na mão.
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