Vídeo polêmico dividiu opiniões nas redes

Era só um vídeo repleto de imagens de órgãos sexuais masculinos e femininos ao qual ninguém foi obrigado a assistir, mas a produção da cantora Clarice Falcão – o videoclipe da canção ‘Eu escolhi você’, do álbum ‘Problema meu – acabou saindo do ar no Youtube após uma enxurrada de denúncias.

O vídeo, que tem direção de Pablo Monaqueze e edição de Célio Porto e Phillipe Cardelli, chegou a ser definido pela cantora como “uma celebração ao corpo humano”. E é, mesmo, devido às dezenas de takes de uma das mais naturais regiões corpóreas: pênis e vulvas do jeito que vieram ao mundo e com alguns apetrechos (de tinta a perucas, e com direito a um vibrador solitário no último take). A produção ainda pode ser vista no Vimeo, mas é um vídeo para maiores de 18 anos.

Antes do vídeo ser removido do Youtube, o canal de streaming de vídeos mais popular, Clarice até postou em sua conta no Twitter que “se não for pra causar melhor nem lançar nada”. Inclusive, para assistir à produção, era necessário comprovar ter mais de 18 anos.

A cantora Clarice Falcão (Divulgação)Mas, o fantasma de censura nem parecia ser algo assustador, já que a cantora propôs até uma espécie de bolão apostando que o serviço iria tirar o vídeo do ar. Foi o que aconteceu em menos de 12 horas, sob alegação da produção ter violado a política de nudez e conteúdo sexual do site.

Vale lembrar que com base no texto de políticas de publicação de vídeos, o Youtube diz permitir produções que contenham nudez, desde que num contexto artístico – tal qual a proposta do videoclipe. “Um vídeo que apresente nudez ou outro conteúdo de natureza sexual poderá ser permitido se o seu objetivo principal for didático, informativo, científico ou artístico, e não for injustificadamente gráfico. Nos casos em que os vídeos não ultrapassam os limites, mas ainda assim apresentam conteúdo de natureza sexual, poderemos aplicar restrições de idade para que apenas os visitantes de determinada idade possam visualizar o conteúdo”, traz o texto.

Já nas redes sociais, as opiniões foram diversas e polarizadas. Não faltou quem desqualificasse ‘Eu escolhi você’, assim como sobrou quem defendesse com unhas e dentes a liberdade de expressão.