Série de artista traz reproduções de fotos celestes feitas por ela mesma

Além de escritora, Vanda Ferreira atua como pintora nas horas vagas

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Além de escritora, Vanda Ferreira atua como pintora nas horas vagas

Ela é poeta, escritora e nas horas vagas, artista plástica. Aos 56 anos de idade, Vanda Ferreira, também conhecida como Bugra Sarara, recebeu o MidiaMAIS ao som de Enya para poder mostrar sua nova coleção de quadros.

Ainda sem título, a série que foi executada e finalizada em 2015, chamou a atenção após sua filha, a videomaker Farid Fahed, a homenageá-la nas redes sociais. Pudera, os quadros da artista que se destacou a vida toda como escritora, tem características próprias, onde predominam a força do colorido e do movimento.

Com tons claros, puxando para cores vivas como azul, lilás e verde, Bugra afirma que não seguiu uma técnica ou linha para pintar os quadros; apenas reproduziu através da arte, as fotos do céu que fez, enquanto estava em seu rancho.

“Eu gosto de explorar tudo quanto é tipo de arte e a fotografia me cativou também, fiz vários registros do céu, noites estreladas e até as chuvas de março e depois, me deu um insight e resolvi transportar para as telas”, conta.

Vanda, que se considera cinestésica, diz que sempre que puder e tiver oportunidades de fazer arte, não vai se abster. “Eu vivo assim, de uma coisinha que vejo, observo vira uma ‘coisona’ e a arte em si é isso, você poder soltar tudo aquilo que vê, acho que os grandes artistas são assim e pela minha maturidade, me permiti desenvolver a expressão”.

Sem dúvidas a inspiração que Vanda teve em transportar nas 13 telas que pintou, parte das fotos que tirou, não foi em vão, tem sim, um gancho artístico.

A artista

A podemos chamar de uma artista múltipla, não só por ter um pé na literatura e nas artes visuais, mas por ter um estilo que agrega esse ‘título’. Bugra Sarara tem no currículo, mais de 13 livros individuais de leques da poesia, crônica, prosa poética, romance e literatura infantil.

Quando perguntei sobre o que é arte a ela a resposta não seria menos poética: “é tipo quando o céu está carregado e precisa chover, para mim é como isso, preciso pintar, escrever para fazer chover o que está carregado dentro de mim”.

O orgulho de ser sul-mato-grossense também anda alinhado com seus ideais e valores de vida. Vanda é nascida em Campo Grande e assim como todo artista que representa sua terra, quer deixar um legado artístico para as futuras gerações.

“Vivo intensamente no meu Estado, desde que ele mudou de nome e quero que meus netos, bisnetos e toda a futura geração que está por vir, sintam o que eu sinto, esse amor pela vida e pela arte… tento passar isso nas minhas produções”.

 

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