Peça com Letícia Sabatella traz à Capital releitura de heroínas gregas
O espetáculo será apresentado no teatro Aracy Balabanian
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O espetáculo será apresentado no teatro Aracy Balabanian
Denise Del Vecchio, Miwa Yanagizawa e Letícia Sabatella incorporam Medeia, Electra e Antígona, respectivamente. Juntas, as atrizes guiam os espectadores em uma revisita aos clássicos gregos que compõem o espetáculo Trágica.3, que será exibido nesta sexta-feira (27) e no sábado (28), no Teatro Aracy Balabanian, às 20 horas.
O espetáculo é construído a partir da releitura de três tragédias gregas – Antígona, Medeia, Trágica.3 tem direção e concepção de Guilherme Leme Garcia. A montagem estabelece um diálogo entre o teatro, as artes plásticas e a música contemporânea. No palco, Denise Del Vecchio interpreta Medeia, Letícia Sabatella assume o papel de Antígona e Miwa Yanagizawa dá vida a Electra. Fernando Alves Pinto e Marcello H integram o elenco como Hêmon e Orestes, respectivamente, e executam a trilha original ao vivo criada por ele em parceria com Sabatella. Os figurinos são assinados pela estilista Glória Coelho.
A construção do espetáculo vem desde 201, quando Guilheme criou e dirigiu o RockAntygona,uma adaptação livre de Caio Andrade para Antígona, de Sófocles. Trágica.3 estreou 2014 e já foi apresentado em várias cidades brasileiras e até na China. A peça tem o apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), classificação de 14 anos e duração aproximada de 75 minutos.
Medeia
Foi a partir de Medeia, tragédia de Eurípedes, que o dramaturgo alemão escreveu Medeamaterial. Em Trágica.3, o foco foi direcionado exclusivamente à personagem Medeia, cuja tônica é a traição da heroína a seu povo e ao seu sangue. Apaixonada por Jasão, Medeia o ajuda a conquistar o Velocino de Ouro. Juntos, eles fogem da cidade de Cólquida para Corinto. Para garantir sua fuga, Medeia mata o irmão e joga seus pedaços ao mar. Em Corinto, Jasão se casa com Gláucia, filha do rei Creonte. Cega de dor e de ódio, Medeia decide se vingar de Jasão matando Gláucia e depois os próprios filhos.
Antígona
Baseado no clássico de Sófocles, Caio de Andrade sintetizou com olhar contemporâneo o comportamento humano frente ao poder e à intolerância. Após a morte de Édipo em Colono, Antígona, sua filha, retorna para Tebas – onde seus irmãos Etéocles e Polinices disputam a sucessão do pai no trono. Os dois chegam a um acordo de se revezar por períodos de um ano no poder. Após o primeiro ano, Etéocles não cede o lugar ao irmão, que se retira da cidade e prepara uma vingança. Na luta pelo trono de Tebas, os dois se matam mutuamente. Creonte, tio de Antígona, assume o poder e proíbe o sepultamento de Polinices e ainda ordena um funeral de herói a Etéocles. Indignada com a ordem, Antígona decide que não deixará o irmão Polineces sem as honras fúnebres. Ela o enterra com as próprias mãos, mas é descoberta pelos soldados. Como punição, Creonte manda enterrar Antígona viva. Hêmon, filho do rei e noivo de Antígona, tenta salvá-la. Ele não consegue e comete suicídio.
Electra
Filha de Agamêmnon, rei de Argos, e da rainha Clitemnestra, Electra é irmã de Ifigênia e Orestes. Clitemnestra nunca perdoou o marido por ter sacrificado a filha Ifigênia para apaziguar a deusa Ártemis e permitir que as tropas gregas pudessem navegar até Tróia. Depois de passar dez anos defendendo a Grécia em guerras longe de casa, Agamêmnon retorna e é morto por Clitemnestra e seu amante Egisto. Electra não se conforma e com a ajuda do irmão Orestes planeja a morte da mãe e o amante para vingar a morte do pai.
Ficha técnica
Textos: Medeia (Heiner Müller), Antígona (Caio de Andrade), Electra (Francisco Carlos); Elenco: Denise Del Vecchio, Letícia Sabatella, Miwa Yanagizawa, Fernando Alves Pinto e Marcello H;Concepção e Direção: Guilherme Leme Garcia; Cenografia: Aurora dos Campos; Iluminação: Tomás Ribas; Figurino: Glória Coelho; Trilha Sonora Original: Fernando Alves Pinto, Leticia Sabatella e Marcello H; Visagismo: Leopoldo Pacheco; Programação Visual e Fotos: Victor Hugo Cecatto; Direção de Produção: Sérgio Saboya.
Serviço
Ingressos poderão ser adquiridos no Centro Cultural José Octávio Guizzo que fica na Rua 26 de Agosto, 453. A entrada custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) que é valida para crianças até 12 anos, estudantes, professores, doadores de sangue e idosos (acima de 60 anos), com a apresentação de seu respectivo comprovante. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3317-1795.
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