Pular para o conteúdo
MidiaMAIS

Paixão em quadrinhos: curso traz dicas, truques e manhas para quem quer produzir HQs

O curso abordará os processos dw produção, edição e distribuição de quadrinhos
Arquivo -

O curso abordará os processos dw produção, edição e distribuição de

Do primeiro HQ ele se lembra bem. “Era um X-Men 71 empurrado por um amigo meu. Eu sentei e devorei, quando terminei só perguntei: já tem o próximo?”. Ali começava a história de amor entre o então garoto e os quadrinhos. Hoje, com 34 anos, Magno Mustang se orgulha de ter abandonado os “trabalhos normais”, como define, para se dedicar à XD Comic Shop, uma das poucas lojas especializadas em HQs de .  

Como ele, milhares de crianças, adolescentes e adultos têm descoberto o efervescente universo dos quadrinhos. Para se encantar é só ler o primeiro. “Não tem segredo”, diz. Desde 2012, Magno mantém o site Diplomacia Nerd e também um canal no YouTube onde dá palpites e dicas sobre quadrinhos, jogos e todos os artigos e interesses, que não são poucos, do “universo nerd.”

Satisfeito com os passos que já deu a caminho de se tornar uma das referências do assunto em Mato Grosso do Sul, Magno nos revela que além dos planos de produzir o seu próprio HQ – que já está em fase de realização em parceria com uma quadrinista paulistana – a ideia é criar um selo para editar os trabalhos que já surgem por aqui.

“É um sonho que temos. Seria muito bacana poder reunir pessoas que produzem seu próprio material por aqui e viabilizar essa distribuição”, conta. Candidatos a parceiros não faltarão. Em uma palestra oferecida pelo roteirista e editor S. Lobo, na noite desta quarta-feira (15), cerca de 30 aspirantes a quadrinistas compareceram.

A maioria deles buscava respostas para as mesmas perguntas: “Como bancar a própria publicação?”, “Como e quando é a hora de começar a produzir?”. Para os dois principais questionamentos a resposta foi: “Quanto mais gente produzindo, melhor. Melhor para o mercado que se forma, melhor para o público que terá mais opção e qualidade. Não tem um momento para começar”, explicou o autor de “Copacabana” que acaba de ter a segunda edição publicada.

Impulsionado por esse crescente número de apaixonados, a produção nacional de quadrinhos encontra-se em pleno “boom”. Nos últimos anos, várias editoras foram criadas e diversos eventos voltados ao segmento brotaram pelo país. Um mercado aberto e em pleno crescimento.

“É um mercado que está muito aberto e as pessoas tem dificuldade de entender que isso representa uma liberdade muito grande de criação. Não há engessamento como em mercados mais tradicionais. Isso tem que ser usado a nosso favor”, afirma.

S.Lobo é apaixonado por histórias em quadrinhos desde a infância, mas apenas aos 33 anos decidiu deixar o ofício de publicitário para mergulhar nas histórias em quadrinho. Não parou mais. Desde então, ele passou por diversas funções dentro da cadeia de produção dos trabalhos até se dedicar à criação de seu projeto autoral que só foi lançado em 1998. “É muito trabalhoso.”

Trabalho que as acadêmicas de jornalismo, Fernanda Palheta, Juliana Barros e Juliane Garcez têm descoberto na prática. Como projeto de conclusão de curso as estudantes desenvolvem um livro-reportagem em quadrinhos sobre a questão indígena do Estado. A linguagem da narrativa foi escolhida pensado, não só na originalidade, mas também na possibilidade de aliar diálogos a traços realistas e principalmente para aproveitar o talento de Juliane para o desenho.

“Estamos em fase de pesquisa. Buscando referências, mas já produzimos algumas coisas como teste e o resultado foi bem lega”, explica Fernanda ao se derreter diante dos traços da amiga.  

Curso de quadrinhos

A partir desta quinta-feira (16), S. Lobo oferece quatro dias de oficinas em que abordará o os processos da produção, edição e distribuição de quadrinhos, além de apresentar o poder didático da linguagem dos HQs.

Em 1999, S. Lobo ganhou o primeiro lugar no Salão Carioca do Humor, com o quadrinho “Bingulu, o Homem mais Engraçado do Mundo”. Em 2003, fundou a revista de bolso Mosh!, que teve 12 edições e conquistou quatro prêmios HQ MIX. Comandou as editoras Desiderata e Barba Negra e foi diretor de duas edições do Rio Comicon. Publicou em francês o quadrinho “Copacabana”, com desenhos de Odyr Bernardi. Atualmente, é um dos responsáveis pela web-série “Quadrinho para Barbados”, dirigida ao público adulto. Mais informações na página do evento no Facebook.

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Seleção Brasileira estreia neste domingo na Copa América

Atendente procura a polícia após ser assediada por cliente de farmácia em Campo Grande

Precisa de atendimento? Confira a escala médica das unidades de saúde de Campo Grande

Domingo será ensolarado e com aumento da temperatura em todo MS

Notícias mais lidas agora

Papy turbina contrato e Câmara vai pagar quase R$ 1 milhão por locação de computadores

Julgamento de PM que matou bioquímico em sala de cinema segue sem data marcada

A qualquer hora, com qualquer pessoa: mal súbito mata 300 mil por ano no Brasil

botafogo

Botafogo resolve no 2º tempo e bate o Vasco em volta ao Brasileirão após o Mundial de Clubes

Últimas Notícias

Polícia

Homem passa mal e morre em motel do Jardim Paulista, em Campo Grande

A vítima não apresentava sinais de violência

Transparência

Papy turbina contrato e Câmara vai pagar quase R$ 1 milhão por locação de computadores

Em meio a inquérito do MP, presidente do Legislativo dá canetada e aumenta valor pago para empresa de tecnologia

Cotidiano

A qualquer hora, com qualquer pessoa: mal súbito mata 300 mil por ano no Brasil

Entenda por que mal súbito atinge até mesmo pessoas que praticam exercícios físicos

Polícia

Julgamento de PM que matou bioquímico em sala de cinema segue sem data marcada

Família de Júlio Cesar Cerveira Filho luta por um julgamento digno