O amor é tanto que até na sala de parto ela escolheu ouvir Roberto Carlos

A fã já se prepara para o show do cantor nesta quinta-feira (1°)

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A fã já se prepara para o show do cantor nesta quinta-feira (1°)

Ao lado da cama não há fotos do filho ou do cachorro. É o registro do cantor Roberto Carlos em um porta-retratos que repousa sobre o criado-mudo. No nascimento do primeiro filho, o apelo emocionado para o obstetra foi de que na sala de parto tocasse em alto e bom som “Como é grande o meu amor por você”. Por estes e outros tantos motivos, Cheila Blanch, 61 anos, não esconde o jogo: é completamente louca pelo rei.

Para cada fase da vida da professora de aposentada, há uma canção de Roberto como marca. A atual é “As flores do jardim da nossa casa”, mas já foi “Detalhes”, “Ave Maria” e tantas outras. A paixão, ela explica, começou muito cedo. Mas o ano em que tudo aconteceu ela não revela, não que se importe em falar a própria idade, “mas ele não gosta”, nos adverte aos sussurros.

Pois bem, ainda bem mocinha, Cheila era levada pelo pai ao Cinema* no Rio de Janeiro, onde viviam. Para ver “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, ela chega às 10 horas e só voltava para casa depois das 22 horas quando o cinema fechava. “Não sei mais quantas vezes eu vi esse filme”.

Como já dito, no nascimento de seu único filho, Cheila exigiu que o médico obstetra colocasse Roberto no rádio. “Até hoje eu me arrepio quando ouço a música. Conto para o meu filho e ele adora”, diz.

Quando viveu em Jardim com a família, no fim da década de 60, conseguiu fazer com todos os moradores da cidade enjoassem das músicas do cantor. “Não tinha rádio e nem televisão. O que tinha na praça era um tocador de disco e eu dei um vinil do Roberto para a pessoa que cuidava do aparelho e pedia para tocar de manhã e à tarde. Isso por dois anos seguidos.”

(Marithê Lopes)

Nos especiais de fim de ano que o cantor grava para a televisão, Cheila é convidada de honra, mesmo que vendo pela TV e a quilômetros de distância. “Me visto toda de azul e vejo o especial todos os anos. É como se ele cantasse só para mim.”

E é assim que ela espera prestigiar Roberto mais uma vez, agora frente a frente. Toda de azul, dos cabelos às unhas dos pés, ela pretende chamar a atenção do ídolo e conquistar a tão sonhada rosa. “É meu sonho. Eu penso que não posso morrer sem pegar uma rosa dele”, conta a fã que já tem a faixa com o apelo prontinha.

Ela esteve em todos os shows do cantor em Campo Grande. No último, foi a primeira a chegar e a se acomodar, mesmo assim, não conseguiu a rosa. Dessa vez ela espera que a coisa seja diferente. “Gostaria de vê-lo, encontrá-lo. Não sei como agiria nessa situação. Acho que eu só ia dizer que o amo ou não falaria nada”, imagina.

‘Nova musa’

Entre as recordações e passagens simbólicas da vida de Cheila, chegamos ao bafafá que cerca a vida do “Rei”. Supostamente apaixonado por uma moça que cresceu em Campo Grande, ele tem sido rondado por fotógrafos e curiosos pelas suas “supostas” investidas. Roberto já negou, a moça também, no entanto há quem dê por certo o encantamento do cantor por Wiviane.

Sobre isso tudo, Cheila só tem uma coisa a dizer: “por que não eu?”, questiona aos risos. “Também sou de Mato Grosso do Sul, ele pode me entregar as rosas, vir conversar comigo nas ruas. Eu topo. Não quero nada mais, é só isso”, diz.

(Marithê Lopes)

O show

Para a apresentação de Roberto nesta quinta-feira (1º), em Campo Grande, Cheila já preparou tudo. Os cabelos com mechas azuis já recebeu retoque, as unhas já estão devidamente pintadas e o look todo, disse, todo azul também já está pronto. “Tenho até rímel e batom azul. Tá tudo preparado”, conta.

Mesmo assim, ainda falta algo muito importante: o ingresso. “Meu pagamento sai hoje e eu vou comprar o ingresso. Claro que eu estou com medo de acabar. Mas vai dar tudo certo, tenho certeza. Se não, dou um jeito”. O show de Roberto será no Ginásio Dom Bosco, nesta quinta-feira (1º), às 21 horas. O ginásio fica na Rua 14 de Julho, 5.200 – Monte Castelo.

Conteúdos relacionados

píton bioparque 2
romantização de mães