O grupo é formado por 20 bailarinas

Simpatia carisma e um visual que parece ter sido milimetricamente planejado. Sapatos padronizados, arranjo nos cabelos muito bem presos e uma maquiagem discreta e bem-feita. As roupas longas não são motivo de vergonha para que a feminilidade da mulher que sabe seu lugar de destaque. Desta maneira, há mais de duas décadas o grupo de dança Embrujos de España encanta os sul-mato-grossenses.

O nome todo particular dispensa muitos comentários sobre a referência cultural do grupo. De acordo com a coordenadora e dançarina, Maria Helena Pettengill, há 27 anos o Embrujos, formado por cerca de 20 mulheres, divulga a cultura espanhola no Estado, por meio do flamenco.

Com passos que transitam entre o elegante e suave, a dança também é recheada de movimentos e olhares marcantes, que contrastam harmonicamente com o som das castanholas, batidas de palmas e o sapateado coreografado, que parece ter sido ensaiado incansavelmente. O resultado em quem assiste ao espetáculo é o sentimento, muitas vezes involuntário, de respeito e reverência. “O flamenco desperta a feminilidade e beleza da mulher. As roupas longas nos dão um ar de mistério e deixam uma sensualidade oculta, sem deixar de ressaltar a elegância e sensualidade”, afirma Maria Helena.

Apaixonadas pelo o que fazem , as mulher relatam as dificuldades de fazer arte em . Sem muito apoio financeiro, as dançarinas fazem uma verdadeira corrida para que toda apresentação seja especial e esteja dentro dos conformes. “Nós dançamos por amor e por diversão. Todas aqui têm outra profissão e se dedicam a outras ocupações. Quando temos apoio financeiro tudo fica mais fácil. Quando não, improvisamos e cada uma faz sua roupa, damos um jeito de fazer o que amamos fazer”, completa a coordenadora.

Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho das mulheres do Embrujos de España, ou tiver o interesse de aprender os passos de flamenco, pode obter outras informações pelo telefone (67) 9613-1703 ou acessar o blog embrujosdeespana.wordpress.com.

(Com supervisão de Guilherme Cavalcante)