Professor usa a internet para reencontrar os alunos

Há 45 anos surgia o curso de Engenharia Civil da (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Por lá, grandes nomes da construção sul-mato-grossense foram formados e ganharam o mundo. A data extremamente simbólica não poderia passar batida, era preciso reunir todo mundo que faz parte desta história em uma grande celebração. Localizar todos eles e, mais que isso, trazê-los de volta ao Estado foi tarefa dura, mas executada com todo prazer por quem protagonizou essa história. 

A ideia e o esforço partiram do engenheiro civil e professor aposentado José Francisco de Lima. Especialista em cálculo estrutural, ele viveu pelos corredores da UFMS boa parte da vida. Formado na segunda turma do curso, em 1975, se tornou professor pouco tempo depois. Como parte fundamental de toda esta história, José sentia a necessidade de juntar todos os 1.425 ex-acadêmicos e conseguiu.

Foram mais de quatro meses de pesquisa e procura pelos colegas perdidos, nada que o desanimasse. O mecanismo encontrado foi a internet. A partir dela, encontrou engenheiros sul-mato-grossenses em todas as partes do mundo. Auxiliado pelo também engenheiro Silvio Silvestre, José Francisco encontrou todos eles e conseguiu convencer a maioria deles a retornar a Campo Grande.

“Em pouco tempo tínhamos cinco grupos no WhatsApp e vários contatos no Facebook. A coisa tomou uma proporção muito grande, uma bola de neve e quando vimos, muitos já estavam prontos para voltar para Campo Grande”, explica. (Jhully Espindola)

A festança, digna de filme, começa nesta quarta-feira (12), às 19h30 no auditório do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul). Na sexta-feira (14) tem sessão solene às 8 horas na Câmara Municipal e às 19h30 na Assembleia Legislativa. 

No sábado (15), acontece o descerramento da placa com o nome de todos os formados às 8 horas, no Laboratório de Estruturas da UFMS. Às 11h30, acontece a tão esperada confraternização que será regada a feijoada. “A ideia é confraternizar, trocar informações e saber o rumo que cada um tomou. Tem gente espalhada pelo mundo inteiro”, conta o professor entusiasmado.