Em ritmo de festa, crianças especiais curtem balada sertaneja em Campo Grande

Encontro aconteceu na tarde desta terça-feira 

Correria de um lado para outro, gritaria, música boa e a alegria que era visível em cada olhar. Assim foi a baladinha em plena segunda-feira para crianças com necessidades especiais, promovida na tarde desta segunda-feira (5), em Campo Grande.

De acordo com a artesã Diva Helana Duarte, 47 anos, o projeto começou depois que uma empresa de refrigerantes que anualmente fazia o encontro deixou de fazer a ação. “Todos os anos a empresa reunia mil crianças para a festa que elas adoravam. Depois que eles pararam não consegui ficar sem fazer algo”, conta.

“Me sinto realizada em saber que estou contribuindo. Muitas crianças especiais não tem vida social e nós proporcionamos um evento agradável e totalmente gratuito”, diz a artesã, mãe do futuro sanfoneiro Felipe Duarte, 18 anos, que tem autismo. 

A psicopedagoga Helciane Franco, 45 anos, explica que eventos como o promovido por Diva são essenciais para o desenvolvimento de crianças com necessidades especiais. “Cada dia é um desafio, com carinho, atenção e encontros que promovem a socialização, nós alcançamos resultados que nos surpreendem”, relata.

A balada sertaneja da criançada teve a participação de três escolas inclusivas e contou com a participação especial e totalmente voluntária das duplas Robson e João Haroldo, Fernando e Michel, Marco Hebert, Murilo e Adriano e do cantor Bruno Carreira.

Além de agradar a criançada a ação caiu no gosto dos papais. Mãe do Nicolas Costa, 13 anos, que tem paralisia cerebral, Salviana Costa, 36 anos, também caiu na farra e por alguns momentos esqueceu de sua rotina cansativa. “A festa não é só para as crianças, também é uma oportunidade para os pais se divertirem e sair da rotina de trabalho”, finaliza.

Importante para o desenvolvimento e socialização de crianças com necessidades especiais, esse é o único evento do tipo realizado em Campo Grande. A expectativa de acordo com a organização é que a proposta cresça e que os encontros sejam mensais, porém, para isso, é preciso o apoio de pessoas que assim como a Diva, estejam dispostas a ajudar.