Em 2016 o evento será integrado ao calendário escolar da cidade

Mais de 12 mil pessoas visitaram a primeira edição da  (Feira de Literatura de ), entre os dias 8 e 11 de julho. Considerado um sucesso por muitos, a feira acaba de ter a 2º edição confirmada. Em 2016 o evento será integrado ao calendário escolar da cidade.

Segundo a secretária municipal de cultura Vânia Mugartt, a avaliação destes quatro dias de FLIB são mais que positivas. “Quando recebemos o projeto da feira avaliamos as dificuldades, tínhamos como referência a Feira Literária de Paraty, e a expectativa de fazer algo inédito e inovador aqui em Bonito. E a feira concretizada é hoje uma grata surpresa”, reforça.

A Flib foi aberta com a peça “O Delírio do Verbo”, responsável pelos primeiros encantamentos do público. Apresentada pelo ator Jonas Bloch, o monólogo é uma visita às obras do poeta Manoel Carlos. Ao encerrar a peça o autor agradeceu a oportunidade de apresentar a peça e enalteceu a realização do evento que mescla diferentes intervenções artísticas.  

Foram mais de 30 horas de atividades integrando as diferentes formas de arte com destaque para a literatura. Passaram pela feira artistas nacionalmente reconhecidos como: Elisa Lucinda, Antônio Pitanga, Marcelo Mirizola, André Sant'anna, Wagner Merije e Eucanaã Ferraz.  

Da cultura regional, participaram do evento Lenilde Ramos, Rosemari Grindi, Elizabeth Fonseca, Samuel Medeiros, Rubênio Marcelo e Guimarães Rocha, o ator Espedito Di Montebranco e Emanuel Marinho. O grupo Circo de Mato foi responsável por fazer o público rir muito com as intervenções circenses.  Já que a palavra é livre, Ruberval Cunha foi um dos destaques com a poesia e o improviso guaicuru durante a feira encantando crianças, adolescentes e adultos.  

Sobre sua participação no evento Elisa Lucinda disse estar muito feliz em fazer parte do nascimento da FLIB. “Vocês sabem que todo artista que participa pela primeira vez de um projeto vira amuleto da sorte?”, brincou Elisa. A multiartista defende a popularização da poesia. “Tem que democratizar sim, e é isso que essa feira fez”, finaliza.

Quem também aplaude a ideia da FLIB, de popularizar a literatura, e o cronograma interligado é o ator Antônio Pitanga. “O cinema é uma janela para o mundo e a literatura e o cinema têm muita coisa em comum. O cinema teve histórias inspiradas na literatura, e ainda é até hoje. Há personagens que são contemporâneos e que vem de clássicos da nossa literatura como Diadorim e Macunaíma. Acho que tem livros que tem que ser resgatados das prateleiras e serem feitas literaturas que não podem se acanhar”, conclui.