Com clássicos no repertório e Cássia Eller à perfeição, musical emociona fãs em CG

O espetáculo segue até segunda-feira na Capital 

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O espetáculo segue até segunda-feira na Capital 

A noite de estreia do espetáculo “Cássia Eller – O Musical” levou muita gente ao teatro Glauce Rocha, em Campo Grande. Com ingressos mais caros do que o público campo-grandense se habituou a pagar, a casa não estava lotada como foram as estreias em outras cidades. Mas, quem foi não se arrependeu.

Mais que qualquer coisa, a noite foi uma oportunidade para matar as saudades de Cássia Eller. Pouco parecida fisicamente, mas com trejeitos e voz “idênticos” à homenageada, Tacy de Campos arrancou suspiros da plateia formada por uma maioria de fãs que não puderam assistir a um show da cantora carioca.

“Eu não a vi [a Cássia] no palco. Então para mim foi muito emocionante assistir ao espetáculo e poder sentir um pouco do que era. Superou as minhas expectativas”, diz Diego Zampieri, 22 anos, um dos últimos a deixar o Glauce Rocha, nesta sexta-feira (6).

A voz

Para Tacy, atriz que interpreta Cássia, este é o principal relato dos fãs que assistem ao espetáculo. “Eles gostam muito, se emocionam bastante. E dá para matar as saudades”, diz ela, que foi a escolhida entre milhares de candidatas à Cassia Eller.

Marco Hermes

 

A cantora curitibana chama a atenção por sua semelhança, nem tanto física, com Cássia, mesmo assim, seu quê de Eller foi encontrado na “dedução”. “Ainda sou muito amadora como atriz, fui deduzindo o que ficava legal, o que cabia para o personagem. O que eu gosto mesmo é de cantar”, confessou logo após o espetáculo.

Tímida, tal qual a homenageada, diz saber separar o seu eu do personagem que interpreta. “Não tenho crise existencial, não. Sei muito bem até onde é a Cássia e até onde sou eu.” Com uma voz poderosa, Tacy faz parte de uma banda de tributo à Cássia e estreia como atriz no musical.

Quem também “adotou” o espetáculo como referência de Cássia no palco, foi Bianca Samaniego, 23 anos, que superou algumas críticas negativas que leu sobre a peça e foi cheia de expectativas prestigiar o espetáculo. “É muito melhor do que vi em alguns vídeos”, conta.

Com clássicos no repertório e Cássia Eller à perfeição, musical emociona fãs em CGO público

E é este apelo, a emoção do fã, que os musicais biográficos têm explorado com intensidade. Em crescimento no Brasil, este segmento aposta na vida de artistas populares e consagrados da música nacional como enredo para, entre outras coisas, formar público.

“Esse tipo de espetáculo é muito importante para formar público, sim. Por onde nos apresentamos as casas sempre estão cheias e as pessoas gostam muito. Mas, eu acredito que também é uma forma muito importante de homenagear esses artistas. Tem muita gente que nunca viu um show da Cássia, por exemplo, e que quer muito ver o musical para sentir um pouco do que era”, explica o ator Emerson Espíndola que vive, entre outros 10 personagens, Nando Reis, no musical.

Emerson participou de outros dois musicais, “Hair” e “Festa Selvagem Na Era do Jazz” e em Cássia Eller é dirigido por João Fonseca que também carrega no currículo a direção de “Tim Maia – Vale Tudo, o Musical”, “Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, o Musical”.Com clássicos no repertório e Cássia Eller à perfeição, musical emociona fãs em CG 

Para interpretarem os personagens da vida de Cássia, os atores passaram por dois meses de preparação e muita pesquisa. E para Emerson, além do talento e da voz incrível, foi a ausência das “máscaras” que fizeram de Cássia a artista que foi. “As pessoas se identificam com ela por isso, por que percebem que ala não tinha máscara nenhuma”, palpitou. Quem ficou curioso para conferir, o espetáculo segue até segunda-feira (8) em Campo Grande.

 

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