Depois do sucesso dos discos “O Teatro Mágico: Entrada para Raros” e “O Segundo Ato”, a trupe criada por Fernando Anitelli completa a trilogia com “A Sociedade do Espetáculo” e apresenta um novo show, com imagens impactantes e novas performances, números circenses, cenário, figurino e integrantes.

O grupo se apresenta em Dourados no próximo domingo (23) às 19h, O show qua acontece no Parque dos Ipês tem entrada franca e faz parte do encerramento da programação do IV Seminário de Assuntos Estudantis, organizado pela COAE (Coordenadoria Especial de Ação Comunitária e Assuntos Estudantis) da UFGD.

Além das novidades estéticas do show, o trabalho traz novas temáticas e o grande diferencial da produção musical de Daniel Santiago (conhecido pelo seu trabalho ao lado do bandolinista Hamilton de Holanda, um dos principais expoentes da música instrumental contemporânea), que ao lado de Fernando burilou novas idéias, ritmos e sonoridades. Agora, O Teatro Mágico se propõe a fazer um pop moderno, sofisticado e fundamentalmente brasileiro. As músicas continuam ‘acessíveis ao público’, o que resguarda a essência do projeto, mas agora OTM se apresenta bebendo em novas fontes, desde Milton e Clube da Esquina, até a guarânia gaúcha e Beatles. Sem dúvida alguma, “A Sociedade do Espetáculo” tem seu diferencial na inovação estética musical, capaz de reunir elementos da musica internacional com uma forte brasilidade, fazendo uma fusão de ritmos.

“A Sociedade do Espetáculo” também traz Fernando Anitelli ao lado de novos parceiros, como Leoni e o próprio Daniel Santiago, e uma nova safra de composições com Danilo Souza, Nô Stopa, Galdino e seu irmão Gustavo. O cd também contou com as participações especiais do gaitista Gabriel Grossi, de Alessandro Kramer (acordeon) e do saxofonista Jeff Coffin, integrante da Dave Matthews Band – uma dos grupos mais atuantes do universo pop.

Influência O álbum leva o mesmo nome do livro de Guy Debord, “A Sociedade do Espetáculo”. A obra, ainda atual do filósofo francês, versa sobre a imagem enquanto elemento organizador da sociedade do consumo, transformando a realidade em ficção, e a ficção em realidade. O conteúdo das melodias e letras traz o questionamento do mundo em que vivemos hoje. Como em “Amanha… Será?”, inspirada nas revoluções que aconteceram no Oriente Médio, organizadas pela Internet, e “O mundo não vale o mundo meu bem”, com uma pegada Drumondiana. Assim como no álbum anterior, a trupe chega na cidade e discute o seu cotidiano político/cultural, sem esquecer também do lado sentimental, como foi no primeiro cd (Entrada para Raros, 2003), resgatando um humanismo individual e coletivo , provocando uma catarse com o forte tom positivista, que só conhece quem já esteve em um show de O Teatro Mágico.

Há mais de oito anos na estrada, a trupe se consolidou como fenômeno da internet no Brasil, obtendo mais de 6 milhões de downloads oficiais na rede, milhões de visualizações no youtube, centenas de seguidores e fãs em redes sociais. Mesmo assim, continua como banda independente e conseguiu estabelecer um trabalho sólido, se apresentando nos palcos mais importantes, das principais cidades e capitais do país. São mais de 300 mil CDs e 120 mil DVDs vendidos.