Na linha de frente desse movimento estratégico, desponta o nome de Leonardo Kraychete, especialista em desenvolvimento de negócios internacionais no setor de real estate e um dos principais nomes quando o assunto é internacionalização imobiliária. Com vasta experiência no mercado, Leonardo tem liderado a expansão de grandes incorporadoras brasileiras para destinos estratégicos, como Estados Unidos, Caribe e Europa, sempre com uma visão inovadora e um olhar apurado para os detalhes que fazem toda a diferença além das fronteiras nacionais.
Sua trajetória começou na Bahia, onde iniciou sua carreira em gestão de empreendimentos de alto padrão. Com passagem por multinacionais e uma formação sólida em administração e negócios internacionais, Kraychete rapidamente se destacou como um nome respeitado no mercado de incorporação. Ao longo dos anos, tornou-se referência na elaboração de estratégias de entrada em novos mercados, planejamento de joint ventures e estruturação jurídica de operações imobiliárias transnacionais.
Hoje, ele é mais do que um especialista: é um estrategista que alia visão macroeconômica à sensibilidade cultural, dois ingredientes indispensáveis no processo de internacionalização de empresas do setor.
Internacionalização
Internacionalizar uma empresa é muito mais do que abrir filiais no exterior. Trata-se de um movimento complexo que envolve estratégia, investimento e adaptação a realidades completamente distintas. De acordo com Leonardo, o processo pode seguir diferentes modelos. “Uma empresa pode começar apenas com exportações ou importar materiais, mas há casos em que faz sentido adotar um modelo multinacional, com estrutura física e operações completas em outros países”, explica.
Nesse sentido, as empresas internacionalizadas podem ser classificadas em diferentes categorias:
- Exportadoras/Importadoras: atuam no comércio internacional vendendo ou comprando produtos, mas mantêm suas operações principais no país de origem.
- Multinacionais: têm presença em diversos países, com filiais ou subsidiárias que se adaptam aos mercados locais, embora a matriz centralize as decisões estratégicas.
- Globais: padronizam produtos e processos em escala mundial, com forte centralização das decisões, buscando eficiência e economia de escala.
- Transnacionais: operam de forma descentralizada, permitindo autonomia às unidades locais e promovendo integração entre as operações em diferentes países.
Para o setor imobiliário, o modelo multinacional, com operações localizadas no país-alvo — seja por meio de escritórios próprios ou parcerias estratégicas —, é o mais comum.
Mas o que leva uma incorporadora a expandir suas fronteiras? A resposta, segundo Kraychete, passa por múltiplos fatores: “A saturação dos mercados locais, o desejo de diversificar receitas e o crescimento da base de clientes internacionais são apenas alguns dos motores dessa decisão”.
Mudanças estratégicas como essa podem ser provocadas por pressões competitivas ou pela busca de novos espaços para inovar. “Há também o fator de oportunidade. Em alguns mercados emergentes, como a América Central ou o leste europeu, há uma demanda crescente por empreendimentos imobiliários que sigam padrões internacionais de qualidade”, destaca Leonardo.
O desafio da adaptação regulatória e cultural
Um dos principais obstáculos para empresas que desejam se internacionalizar está relacionado ao emaranhado regulatório que envolve o setor imobiliário. “Cada país tem sua própria legislação sobre zoneamento, licenciamento, tributações e normas construtivas. A falta de conhecimento sobre esses aspectos pode inviabilizar totalmente um projeto”, alerta Kraychete.
Além da legislação, há as barreiras culturais. “O que atrai um consumidor no Brasil pode não ter apelo algum na Ásia ou na Escandinávia. Estudar os hábitos de consumo locais é tão importante quanto entender o sistema tributário”, completa.
A compreensão da cultura de negócios também é um fator-chave. Em países como os Estados Unidos, por exemplo, o ritmo de negociação, os modelos de financiamento e as exigências contratuais são bastante diferentes dos padrões brasileiros. “Nesses casos, contar com um parceiro local é uma vantagem estratégica, principalmente nos primeiros passos”, recomenda o especialista.
Escolhendo o mercado certo: estratégia é tudo
A seleção do país ou região onde a empresa atuará é um dos momentos mais críticos da jornada de internacionalização. Segundo Leonardo Kraychete, três fatores devem estar no centro da análise: demanda do mercado, estabilidade econômica e segurança jurídica.
“Você precisa entender se aquele país tem uma demanda sustentável por imóveis, especialmente no segmento que a empresa atua. Além disso, é fundamental avaliar o cenário político e a previsibilidade econômica. Mercados maduros como os Estados Unidos oferecem estabilidade, enquanto alguns países emergentes têm um enorme potencial de valorização”, pontua.
Outro aspecto relevante são os nichos específicos. O mercado de imóveis de luxo, por exemplo, tem crescido fortemente em destinos turísticos de alto padrão. “O Caribe é hoje um dos locais mais promissores para investimentos voltados a segunda residência, turismo e clientes internacionais de alta renda”, destaca.
Impactos da internacionalização: além dos lucros
A entrada de uma incorporadora em um novo país vai muito além da simples busca por receitas. A internacionalização traz consigo uma série de impactos socioeconômicos relevantes, capazes de transformar comunidades inteiras. “Projetos imobiliários são indutores de desenvolvimento. Eles geram empregos, movimentam a cadeia da construção civil e podem melhorar significativamente a infraestrutura urbana de cidades inteiras”, afirma Kraychete.
Um exemplo prático desse impacto é a atuação da Incorporadora Bahiana em sua expansão internacional. Segundo Kraychete, o projeto liderado por sua equipe já contabiliza mais de US$ 31 milhões em impacto econômico em mercados estrangeiros. Além disso, foram gerados centenas de empregos diretos e indiretos, fortalecendo não apenas o setor da construção civil, mas também outros segmentos da economia local.
Mais do que construir empreendimentos, a incorporadora busca deixar um legado positivo nas regiões onde atua. “Nossa atuação vai além da construção: buscamos deixar um legado positivo nas comunidades onde atuamos. Esse deve ser um dos pilares da internacionalização responsável”, destaca Kraychete, reforçando a importância de uma atuação sensível ao contexto social e econômico dos novos mercados.
Conclusão: uma jornada de adaptação e visão
Internacionalizar um negócio imobiliário é uma das decisões mais desafiadoras, e ao mesmo tempo mais transformadoras, que uma empresa pode tomar. Exige planejamento de longo prazo, análise minuciosa de mercado e, sobretudo, capacidade de adaptação.
Para Leonardo Kraychete, o sucesso nesse processo depende menos de fórmulas prontas e mais de uma mentalidade aberta e estratégica. “Cada mercado tem sua própria lógica. O segredo é entender as dinâmicas locais e se posicionar como parte da solução, e não como um estranho tentando impor um modelo de fora”, conclui.
Em um mundo cada vez mais globalizado, empresas que souberem combinar conhecimento técnico, sensibilidade cultural e visão de longo prazo estarão não apenas preparadas para crescer, mas para liderar.