Nesta segunda-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se para debater a situação no Afeganistão. A reunião foi convocada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na sequência do ataque da última quinta-feira ao aeroporto de Cabul, onde foram registrados mais de 150 mortos, incluindo 13 militares norte-americanos. O atentado foi praticado pelo ramo afegão do Estado Islâmico, denominado ISIS-K.

O ataque com bomba suicida ocorreu em um dos portões de entrada do aeroporto da capital afegã, onde milhares têm se aglomerado nas últimas semanas, na tentativa de fugir do país, por medo dos talibãs. A ponte aérea dos EUA e aliados termina amanhã (31).

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos , disse que as forças norte-americanas vão continuar a tentar garantir uma passagem segura para aqueles que desejem sair do Afeganistão após o prazo final. Às primeiras horas de hoje, quase 100 países emitiram comunicado conjunto, em que asseguram que existem garantias dos talibãs de que os estrangeiros ou afegãos com autorização para viajar continuam a ter permissão para deixar o país.

“Recebemos garantias dos Talibã de que todos os cidadãos estrangeiros e qualquer cidadão afegão com autorização de viagem terão permissão para prosseguir de forma segura e ordeira, por meio dos pontos de partida para fora do país. Vamos continuar a emitir documentação para afegãos designados, e temos a expectativa clara e o compromisso dos talibãs de que esses possam viajar para os nossos países”, diz o comunicado divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano.

Na reunião de hoje do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Nova Iorque, a França e o — membros permanentes — vão apresentar uma resolução que propõe a criação de uma zona segura em Cabul, com o objetivo de proteger aqueles que tentarem abandonar o país depois de 31 de agosto.