Para a habitação humana em Marte, as equipes teriam de usar os recursos do planeta, como extrair qualquer água sob a superfície, produzir oxigênio no local e gerar eletricidade. A também precisa desenvolver a tecnologia para enviar os astronautas de volta à Terra. Uma missão não tripulada de ida e volta para obter amostras de solo marciano é esperada até o fim de 2030.

Ano histórico

A China realizou algo que somente os Estados Unidos e (muito brevemente) a União Soviética conseguiram antes: aterrissar em Marte. Orbitando o planeta desde fevereiro, a missão chinesa Tianwen-1 enviou um veículo de aterrissagem numa descida difícil na superfície de Marte, onde desceu em meados do mês passado. O veículo, que transporta um rover, se juntou à nave espacial da que já vem inspecionando o planeta.

A missão chinesa pode parecer menos sofisticada do que a mais recente dos Estados Unidos – com direito a voo tripulado, robô fazendo inspeções e gravações de áudio. Basicamente repete as mesmas façanhas que americanos realizaram há décadas, mas representa mais uma etapa nas ambições da China para se tornar “uma grande potência espacial”, como disse Xi Jinping há dois meses.

Em janeiro de 2019, a China se tornou o primeiro país a aterrissar uma sonda no lado mais distante da lua, a parte que fica de costas para a Terra. Três novas missões estão planejadas até 2027, com rovers adicionais, uma sonda voadora e até um proposto experimento de impressão em 3D no espaço, de acordo com a agência espacial chinesa. A meta dessas missões é criar suporte para uma base lunar e visitas por astronautas, os “taikonautas” como são chamados pelos chineses, na década de 2030. Até agora, só os programas Apollo colocaram pessoas na lua (Com agências internacionais)