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Caio Pagano, um pianista expondo sua imensa paixão pela música

Gravado durante a pandemia, ele foi gestado em Tempe
Arquivo -

O público paulista terá três raras chances para compartilhar ao vivo o piano de Caio Pagano: neste domingo, 7, às 17 horas, no Municipal; quarta-feira, dia 10, às 19 horas, no teatro do Conservatório de Tatuí; e no sábado, 13, às 11 horas, na Sala São Paulo. No programa, as 18 peças do álbum Últimos Pensamentos Musicais, que o pianista, há bastante tempo radicado nos EUA, está lançando. Gravado durante a pandemia, ele foi gestado em Tempe, onde fez lives com pianistas como Arnaldo Cohen, Leslie Howard e Michael Lewin.

Aos 81 anos, Caio é um dos grandes pianistas brasileiros do último meio século. Notabilizou-se, na década de 1970, como professor no Departamento de Música da ECA-USP, pela militância em favor da música contemporânea.

“Últimos Pensamentos Musicais nasceu como conceito a partir da derradeira peça escrita por Camargo Guarnieri, que sua viúva Vera me presenteou em 1993, logo após a morte dele. Fiquei felicíssimo, mas o que fazer com 2 minutos de música? Onde colocar num programa? Até que a cuca se agitou e disse ‘uai, faça um programa todo de últimos pensamentos musicais'”, conta ao Estadão.

Pois Caio construiu um caleidoscópio de 18 peças, a maioria curtas – as derradeiras de compositores como Bach, Mozart, Beethoven, Schubert, Schumann, Chopin, Brahms e Liszt. Do século 20, só Prokofiev, Debussy e Ravel (deste, aliás, ele toca uma divertida fanfarra para o balé O Leque de Jeanne, que arranjou para piano e percussão). Lá estão curiosidades, como Noites Iluminadas pelo Ardor do Carvão, peça que Debussy, já doente, compôs em 1917 e enviou ao carvoeiro que dobrara o suprimento de carvão para ele e a filha Chou-Chou se aquecerem no inverno. O título remete ao verso de Baudelaire. A peça foi redescoberta em 2001.

ESCOLHAS RARAS. Engana-se, no entanto, quem pensa num álbum de retalhos. Caio fez duas escolhas raras. Primeiro, as Seis Bagatelas opus 126, última obra de Beethoven. O editor considerou-as medíocres, mas o compositor insistiu na publicação “O que o editor não sabia é que Beethoven estava criando um novo gênero musical que dominaria todo o século 19: a peça característica… Esse tipo de peça curta, supercaracterística, foi a pedra fundamental de Schubert, Improvisos, Momentos Musicais, Intermezzos de Brahms, Mazurcas e Valsas, Canções sem Palavras, até serem chamadas por Tchaikovski de ‘peças características'”, informa Caio. “Há também as Peças Líricas de Grieg. Enfim, o século 19 se lambuzou de peças características, que é o que Liszt escrevia no final em grande quantidade.”

O outro monumento que recebe de Caio uma leitura apaixonada é a obra final de Robert Schumann: ele a compôs a partir da madrugada de 17 para 18 de fevereiro de 1854, quando acordou excitado com um “tema dos espíritos” que os anjos lhe teriam ditado (“Na verdade, era o tema de seu concerto para violino”, diz Caio). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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