Iniciativa disputa com outros 17 trabalhos

O projeto Arara Azul, que trabalha pela conservação da arara-azul-grande há 27 anos, é o único finalista de Mato Grosso do Sul na segunda edição do Prêmio Nacional da Biodiversidade, instituído pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com o objetivo de reconhecer ações que se destacam pela conservação das espécies da fauna e da flora brasileira. 

Selecionada na categoria sociedade civil, a iniciativa regional concorre com outros 17 trabalhos nacionais ao prêmio especial Júri Popular, em que o vencedor será eleito por meio de votação eletrônica. A cerimônia de entrega ocorrerá em Brasília, em 22 de maio, data em que se comemora o Dia Internacional da Biodiversidade.

“Ser finalista nessa premiação é uma forma de reconhecimento ao nosso compromisso diário em proteger a arara-azul e diversas outras espécies que convivem com essa ave”, explica a presidente do Instituto Arara Azul e pesquisadora dos programas de Mestrado e Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Uniderp, Neiva Guedes. 

No último ciclo reprodutivo da espécie em Mato Grosso do Sul, a equipe de profissionais da organização não governamental monitorou mais de 174 ninhos e registrou o nascimento de 75 filhotes de arara-azul.

A intensa dedicação à causa também resultou em uma conquista ambiental importante ao país. Em 2014, a arara-azul mudou de status na lista nacional de animais em extinção, de acordo com documento produzido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente. Porém, o trabalho precisa continuar, uma vez que a ave é citada como vulnerável na lista vermelha das espécies ameaçadas (Red List of Threatened Species) da União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN – International Union for Conservation of Nature).