Mães com crianças aguardam atendimento desde o início da tarde no hospital, que está lotado

Umas já estão esperando há cinco horas, outras há quatro. Algumas esperaram o mesmo tempo, mas foram embora. Uma coisa é certa: a demora no atendimento no (Centro Municipal Pediátrico) causou revolta nesta quinta-feira (26) na Capital.

Depois de receber reclamações, o Jornal Midiamax foi ao local no fim desta tarde e se deparou com o hospital lotado e com a indignação das mães que levaram os filhos para consulta médica. Aguardando desde o início da tarde, muitas desistiram.

Adriane Bianca, 17 anos, chegou com bebê de 2 meses às 14 horas e às 18h12 saiu do Cempe sem ser atendida. “Não aguento mais esperar. Está lotado o dia todo. Vou ter que ver se atendem meu filho no posto de saúde bairro”. A jovem mãe levou seu filho ao local porque a criança está respirando muito rápido. Foi embora sem ter resolvido o problema.

Elaine Pereira Alves, de 30 anos, ainda está se recuperando do parto. Acompanhada da mãe e do filho recém-nascido, passou por situação semelhante à de Adriane e deixou o Cempe.

“Estava passando mal, com dores de cabeça, meu filho em crise de choro. Fiquei nervosa e desisti”. Foram quatro horas de espera em vão. De acordo com Elaine, há mães que estão desde meio-dia esperando atendimento.

É o caso de Isaura Souza, de 29 anos. “Cheguei aqui com minha filha de 2 anos e ainda não fui atendida. E olha que tem mães em situações piores que também estão esperando”, relata.

Isaura disse que funcionários do hospital alegaram haver apenas três pediatras atendendo nesta quinta-feira. “É muita criança para pouco atendimento. Estive aqui na terça-feira e também foi demorado. Fui atendida depois de cinco horas de espera”, revela.

Uma das mães gravou vídeo mostrando o local cheio. Confira abaixo.

Outro lado

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax procurou responsável pela administração do Cempe, entretanto funcionários alegaram  ausência do gerente e do diretor  no prédio.

A redação também tentou contatar o secretário municipal de saúde Jamal Salem, mas o celular estava desligado.