Morador foi informado que só haverá conserto no mês de março

Um morador, que teve o apartamento entregue por uma construtora, por meio de um programa habitacional, há pouco mais de um mês, denuncia infiltrações que brotam do chão de sua cozinha, a inundando. Em vista disso, os imóveis do andar de baixo estão cheios de goteiras. Os imóveis estão localizados na Rua Estatícia, 645.

Ele fez um vídeo no qual mostra a dimensão do vazamento. As imagens mostram uma indicação na parede, por onde a água aparece. O morador colocou uma toalha ligando o ponto a um ralo, onde a água escorre – normalmente, a quantidade de água faz o cômodo ficar inundado, segundo o dono.

O imóvel, que faz parte do Complexo Habitacional Nelson Trad, na Nova Campo Grande, foi inaugurado no final de dezembro de 2014. A obra, que contou com investimentos de R$ 89,7 milhões da Prefeitura e do Governo Federal, tem, ao todo, 1.624 apartamentos, divididos em 10 condomínios. A construtora responsável pelo projeto é a Brookfield Incorporações, que também constrói prédios de luxo na Capital.

De acordo com Cleiton da Silva Figueiredo, de 31 anos, não faz sentido um apartamento novo possuir tantos problemas estruturais. “Me mudei no dia 17 de dezembro, pouco mais de um mês. Como pode inundar o chão de minha casa?”, questiona.

Figueiredo destaca que o vazamento, de tão forte e constante, atinge os vizinhos do andar de baixo. “Meus vizinhos reclamam comigo diariamente, mas no fundo eles sabem que eu não tenho culpa”, diz.

Ao procurar a Prefeitura, Cleiton foi orientado a pedir que fosse feito o conserto junto à construtora. Todavia, a Brookfield afirmou que só sanaria o problema no dia 5 de março, data considerada fora do senso comum pelo morador. “Até lá, os apartamento envolvidos estarão muito danificados com a água”, acentua.

O outro lado

Por sua vez, a Prefeitura de Campo Grande afirmou que e responsabilidade em consertar os apartamentos é da construtora, já que o município atuou como parceiro no empreendimento. A Brookfield, por outro lado, foi procurada pela reportagem, mas as ligações aos números de telefone, que constam no site da empresa, não foram atendidas.

Da mesma forma, a Emha (Empresa Municipal de Habitação) reforçou que a responsabilidade para efetuar o conserto é da construtora. Segundo a assessoria de imprensa da Emha, como há uma garantia no empreendimento, é preciso que o morador abra uma chamada técnica com a empresa a fim de não perder o benefício. 

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