Manifestantes clamam por união para mudar a situação do país
Para pedir o fim da corrupção que a maioria dos campo-grandenses foi às ruas neste domingo (15). Protestos foram marcados em várias cidades do país e na Capital o pedido é por mudança.
“O povo quer mostrar que está insatisfeito com a corrupção e com a bandidagem. A coisa precisa mudar, tem que sair todo mundo”, pede o administrador Jaques Alexandre, de 40 anos, que foi às ruas acompanhando da mulher e da filha.
O estudante Nikolas Rezende, de 19 anos, fala em união para sair da situação atual. “É um movimento contra a corrupção. A gente tem que se unir para dar certo, para acabar com isso”.
É assim que pensa o professor Diego Barcellos, de 34 anos. “A corrupção no Brasil está cada vez maior. Viemos para a rua para mostrar a insatisfação da população. Fazer algo pelo país”.
A psicóloga Luciana Cavalheiro, 27 anos, destaca que o protesto não envolve uma questão partidária. “Não é contra o PT ou outro partido. É para o nosso futuro”. O empresário Guilherme Bertozzi, 30 anos, é a favor da queda da presidente. “Não agüento mais pagar impostos. Temos que derrubar a Dilma”.
Ronaldo Pereira, 63 anos, aposentado, acredita na força dos protestos simultâneos por todo o Brasil. “Terá resultado, é o clamor do povo. O Brasil tem um potencial que não está sendo aproveitado. O sistema está errado e a forma como o país está sendo administrado também”.
O protesto
Três trios elétricos conduziram os campo-grandenses que manifestaram na tarde deste domingo. Centenas de motocicletas e bicicletas e milhares de pessoas, de todas as idades, transitaram pela Avenida Afonsa Pena, da Praça do Rádio Clube até a Cidade do Natal.
Os organizadores do protesto alegam que mais de 100 mil pessoas estiveram nas ruas da Capital. “Nós esperávamos 60 mil pessoas, mas já fugiu do controle. Não temos mais contabilizar”, afirmou uma das organizadoras do protesto, Karina Maia, segundo ela mais de 100 mil pessoas compareceram ao manifesto.
Já a Polícia Militar estima um número bem menor, porém significativo. “Aproximadamente 30 mil pessoas. São 15 quarteirões de um protesto ordeiro e com muitas famílias”, frisou o coronel Ovelar, da PM. Neste momento, a maioria das pessoas já começa a deixar às ruas e ir para casa.