foi realizada nesta quarta-feira. 

Com a audiência publica que foi realizada na tarde desta quarta-feira (25) ficou acordado que os profissionais de som automotivo, junto com a Câmara Municipal e demais órgãos fiscalizadores, municipais e estaduais, devem se reunir na próxima semana com a Funesp (Fundação Municipal do Esporte) para definir um calendário do autódromo.

A Funesp é responsável pelo Autódromo Internacional de e durante a reunião deve ser viabilizadas datas para possíveis eventos de som automotivo. “Vamos ver o calendário dos eventos nacionais, estaduais e municipais para viabilizar uma data onde podem ser realizados eventos de som automotivo”, relatou o vereador Eduardo Romero, que presidiu a seção.

Durante a audiência pública os profissionais pediram para que seja disponibilizado um local para a prática de competições de som automotivo. Segundo o empresário Laerte Marques, da Marques Auto Som, os empresários estão preocupados com a liberação de um espaço adequado que possa separar os ‘baderneiros' dos que levam o som automotivo a sério.

“Eu investi R$ 90 mil em som, fora o valor do carro. Eu trabalho com isso e não faço o mesmo que os arruaceiros, meu som tem potência de 150 mil rms”, ressaltou.

Além de um local apropriado, durante a audiência foi debatida a situação do Autódromo que estava interditado desde novembro e deve ser liberado, após reforma, para realização da segunda etapa nacional da Fórmula Truck.

“O autódromo é um bom lugar para realizamos o evento, a gente sempre fez lá e de um tempo para cá não podemos mais fazer”, lamentou Márcio Alex, da Alto Giro.

No plenário os empresários do setor reclamaram da queda nas vendas por causa da legislação mais rigorosa, eles garantem que ninguém mais quer investir em som porque não pode utilizar o equipamento. De acordo com o economista e promotor de eventos, Jefferson Cristaldo, em Campo Grande há cerca de 100 lojas que vendem som automotivo, em casa loja quatro famílias são sustentadas pela renda.

“São 400 famílias que dependem da venda de som em Campo Grande, esse ramo gira cerca de R$ 400 mil por mês na cidade, mas nos últimos dois meses as vendas caíram 70%”.

Os empresários também destacaram que o campeão brasileiro de som automotivo é de Campo Grande. “O nosso campeão tem dez títulos brasileiros, somos há dez anos campeões e não temos incentivo”, declarou Márcio Alex.

Fiscalização

Na audiência foram pontuados alguns locais da Capital sul-mato-grossense onde motorista utilizam o som automotivo acima do limite permitido em lei. De acordo com Eduardo Romero, os órgãos fiscalizadores não conseguem ir a todas as denuncias. “Não tem como ter uma equipe na Afonso Pena, uma na Mato Grosso e outra na Orla, falta pernas para a fiscalização”.

Romero pontuou que também falta conscientização da população em cumprir a lei e respeitar os demais cidadãos. O delegado da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Wilton Vilas Boas de Paula, afirmou que falta a fiscalização em locais que já são conhecidos pela polícia, mas que o efetivo procura atender as ocorrências de maior gravidade.

“Temos inquérito de alguns locais, estamos investigando. Já teve casos onde foi interditada a Avenida Afonso Pena, mas não adianta interditar temos que conscientizar”, concluiu.