Trabalhadores afirmam sofrer assédio moral

Continua a briga política entre grupos ligados ao ex-prefeito Alcides Bernal e ao atual, Gilmar Olarte (ambos do PP) no Instituto Mirim de Campo Grande. Nesta sexta-feira (20), os professores da instituição deflagraram greve, por tempo indeterminado, pedindo o fim do que chamam de humilhação a que estariam sendo submetidos por parte da administração. 

São pelo menos 26 professores que não entraram em sala de aula e protestam com vários cartazes, durante esta manhã, na frente do Instituto Mirim. Eles pedem a saída imediata da presidente, Mosania Ferreira.

Segundo os trabalhadores, a classe só voltará a dar aulas depois que representantes da Prefeitura e do FAC (Fundo de Apoio à Comunidade) fizerem uma reunião para discutir o impasse. De acordo com a professora Edir Monteiro, os trabalhadores estão sendo perseguidos, inclusive vigiada por câmeras de segurança. “Depois que a equipe do Bernal entrou, nós começamos a ser humilhados”, revela.

A professora Mônica Pinheiro, de 28 anos, afirma que estão usando uma estratégia para excluí-los do órgão. “Eles deixaram de nos enviar os boletos de pagamentos de nossa associação, desta forma, se há uma inadimplência de três meses, poderão nos excluir”, reclama.

No mesmo sentido, a professora Luciana Bazzotti, de 43 anos, destaca ter sido expulsa do Instituto Mirim. “Fui associada por mais de um ano. Como não me entregavam mais as faturas, acabei sendo excluída”, lamenta.

Outro lado

O assessor jurídico do Instituto Mirim, Wilton Acosta, foi até os professores a fim de tentar encerrar a greve. Ele pediu para que a classe voltasse para as salas de aula, mas não foi atendido.

“É um tipo de insubordinação essa atitude e pode haver penalidades”, ameaça. Acosta também descartou que a presidente Mosania deixará o comando do instituto.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax apurou que o secretário de Administração Municipal, Wilson do Prado, está a caminho do Instituto Mirim a fim de discutir o impasse. Até o fechamento deste texto, ele não havia chegado ao local.

Outra briga

Em janeiro, grupos políticos do ex e do atual prefeito travaram outra disputa no Instituto Mirim. A Prefeitura suspendeu repasses à instituição até que a diretoria aceitasse abrigar novos conselheiros, todos indicados pela atual administração