Para que o projeto de entre em vigor, é preciso recolher 1, 5 milhão de assinaturas

A Reforma Política foi o principal tema do discurso de abertura da Campanha da Fraternidade de 2015 em Mato Grosso do Sul. Comandado pelo arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas de Lara, o lançamento reuniu mais de 3 mil pessoas nesse domingo (22), no Ginásio Poliesportivo Dom Bosco. A Comissão de Defesa da República, da Democracia e Reforma Política da OAB/MS esteve presente no lançamento e colheu mais de mil assinaturas para o projeto que tem como objetivo promover mudanças no sistema eleitoral brasileiro. 

No lançamento da Campanha, Dom Dimas ressaltou a importância do envolvimento da sociedade no projeto e afirmou que vai estender a mobilização e todas as igrejas. “Para nós é uma grande conquista. Com esse apoio daremos ainda mais força aos nossos trabalhos para coleta de assinaturas do projeto”, disse o presidente da OAB/MS, Júlio Cesar Souza Rodrigues.

Para que o projeto entre em vigor já nas eleições do próximo ano, é preciso recolher 1, 5 milhão de assinaturas. Mais de 100 entidades compõem a rede de Coalizão no Brasil. Entre os principais pontos propostos pela reforma estão: a proibição do financiamento de campanha por empresas e adoção do financiamento democrático de campanha, eleições proporcionais em dois turnos, paridade de gênero na lista pré-ordenada, e fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes.

De acordo com a advogada da Comissão,  Marli Pavoni, somente na abertura da campanha, foram recolhidas 1.005 assinaturas. “Esse foi o ponta pé inicial da igreja na adesão da campanha. Agora o movimento irá se expandir para todos os grupos, desde cursilho, grupos de catequese e pastorais”, afirmou.

No último dia 18, o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, participou do lançamento nacional da Campanha, oportunidade em que destacou a importância da luta por dignidade, justiça e igualdade, ideais ligados à campanha pela Reforma Política Democrática. “A igualdade cultural e social deve ser também política, por isso nossa luta por um reforma política urgente, com sistema pautado em maior igualdade em substituição a um sistema evidentemente desigual, com práticas abusivas de compra de votos e de uso excessivo de recursos financeiros nas campanhas”.