Águas Guariroba admitiu problema estrutural, mas destaca que responsabilidade é da construtora
Moradores do condomínio Orquídea no Residencial Nelson Trad, localizado no Jardim Carioca em Campo Grande, reclamam da troca de hidrômetros. Conforme os relatos, em vez de registrar o consumo local, os hidrômetros mostram o que foi utilizado pelo vizinho.
A atendente Paula Danieli dos Santos, de 23 anos, diz que o problema foi constatado pelos moradores e informado a concessionária responsável pelo abastecimento de água da Capital. “Os moradores estão revoltados com essa situação. A Águas Guariroba, diz que vai resolver e não faz nada”, relata.
Os moradores também desconfiam dos valores cobrados. Paula diz que recebeu uma conta de R$ 50,00 e foi surpreendida pelo valor de R$ 200,00 apresentado pela vizinha. “Eu moro apenas com a minha filha, recebo um salário mínimo e não tenho condições de pagar esse valor. Isso está causando briga entre os moradores”, lamenta.
A assessoria de comunicação da Águas Guariroba afirma que a instalação dos hidrômetros foi realizada de acordo com a indicação da construtora responsável e que foi verificado um problema estrutural de responsabilidade do condomínio e que seria responsável pelos problemas mencionados.
A Águas Guariroba garante que esteve no local para readequar a numeração dos medidores conforme às residências. A equipe de reportagem tentou falar por telefone com a Brookfield Incorporações, mas até o fechamento deste texto não foi atendida.
Mais reclamações – Outros problemas em relação a este condomínio foram apresentados à Câmara Municipal no último dia 24. Na ocasião, os vereadores prometeram discutir o assunto durante audiência pública com a Comissão de Obras e Comissão de Justiça da Casa de Leis, prevista para o próximo mês.
A primeira etapa do Residencial Nelson Trad foi entregue em junho de 2014 e a segunda parte em novembro. O custo total da obra ultrapassou R$ 90 milhões e contou com recursos dos governos: federal (Programa Minha Casa, Minha Vida), estadual e da Prefeitura de Campo Grande por meio da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande).
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