Vereadores prometeram realizar audiência pública

Rachaduras, goteiras, infiltrações e mofo. Esses são alguns dos problemas relatados por representantes do condomínio Beladona, localizado no , no Jardim Carioca, durante sessão realizada nesta terça-feira (24), na Câmara Municipal de . A primeira etapa das unidades foi entregue há oito meses e os problemas estruturais dos apartamentos preocupam os moradores.

Segundo o síndico do condomínio Beladona, Zildo de Oliveira, as paredes apresentam várias rachaduras e o cheiro de mofo, por conta da infiltração, incomoda principalmente aos moradores que sofrem com problemas de saúde. “Está bem complicado. Tem muita rachadura, infiltração, mofo. As pessoas estão em uma situação muito difícil e por isso estamos buscando apoio agora. Se já está assim em 8 meses, imagina como estará daqui alguns anos? Tem de ser feito algo agora que ainda está na garantia”, explica.

Além dos problemas na construção, as críticas quanto a infraestrutura da região são constantes. De acordo com a subsíndica, Norma aparecida Ortiz Mendonça, o residencial abriga 1.624 famílias, o que corresponde a aproximadamente 6 mil pessoas. “Construíram e não pensaram nas condições necessárias para atender a quantidade de moradores. Não tem estrutura adequada”, enfatiza.

Conforme a subsíndica, as principais reclamações são sobre a falta de Ceinf (Centro de Educação Infantil) e UBS (Unidade Básica de Saúde) na região. “As mães não têm lugar para deixar os filhos para que possam trabalhar. Também não tem nenhum posto de saúde por perto. Existem muitos idosos no residencial e eles precisam se deslocar de longe para conseguir uma consulta”, relata. A falta de infraestrutura também foi destacada pelo vereador Carlão (PSB). “Falta Ceinf, UBS, policiamento e por isso vieram pedir ajuda”, defende.

O vereador Otávio Trad (PT do B) comparou as reclamações com o caso da construtora mexicana Homex, que foi investigada por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal. “A semelhança dos problemas é muito grande”, observa.

As questões apontadas pelos moradores serão discutidas durante audiência pública realizada no próximo mês com a Comissão de Obras e Comissão de Justiça da Casa de Leis. “Esperamos ter mais facilidade dessa vez porque no caso da Homex, os representantes nunca compareceram”, declara.

A primeira etapa do Residencial Nelson Trad foi entregue em junho de 2014 e a segunda etapa em novembro. O custo total da obra ultrapassou R$ 90 milhões e contou com recursos dos governos: federal (Programa Minha Casa, Minha Vida), estadual e da Prefeitura de Campo Grande por meio da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande).