Moradores prometem resistir à desocupação e só saem para “local melhor”

Moradores da Cidade de Deus, próximo ao lixão do Dom Antônio Barbosa, região sul de , vivem dias de apreensão com a possível remoção da para área na região do , que foi desapropriada para o reassentamento de 240 famílias. Informações, não confirmadas, de que a mudança seria feita nesta terça-feira (13) deixou tenso o clima no local.

Quem vive na favela promete resistir à desocupação, dizendo que só sai de lá para “um lugar melhor”. “Não saio da Cidade de Deus. O que eu quero é uma casa, não mudar de uma favela para outra favela”, explica a doméstica Margarida de Moura, de 60 anos.

Outra moradora revoltada com a situação é a catadora Severina de Moura da Silva, de 65 anos. “Quero uma casa, e tenho condições de pagar uma casa da Emha (Empresa Municipal de Habitação). Não vou mudar para outra favela.”

Os moradores ainda afirmam que o novo local destinado pela Prefeitura para o reassentamento das famílias não possui estrutura, como escolas para as crianças. “Tenho quatro filhos e todos estudam aqui na Cidade de Deus, lá no Noroeste não tem escolas para as crianças.”, diz Eleno de Moura, de 46 anos. O catador Antonio Paulo Dantas, de 61 anos, se preocupa como vai manter o trabalho: “não quero sair da Cidade de Deus, aqui tenho trabalho, e lá não tem condições nenhuma de serviço para mim”, explica o catador.

Em resposta a contato com a Prefeitura da Capital sobre a retirada das famílias, a informação é que ainda não se tem uma data para a remoção dos moradores para o Noroeste.