Servidores estavam sem uniformes e usavam crachá sem a logomarca da Saúde

Moradores do Jardim Tijuca, em Campo Grande, barraram a entrada em suas casas de supostos servidores da saúde. Segundo eles, os agentes estavam sem uniforme e pretendiam instalar armadilhas para capturar mosquitos da dengue.

De acordo com a dona de casa Cleiva de Oliveira, moradora da Rua Nhambiquara, um homem de aproximadamente 50 anos tocou o interfone de sua casa informando ser do Ministério da Saúde. Contudo ela desconfiou porque o mesmo não usava uniforme.

“Desconfiei logo que vi, pois ele usava uma calça jeans e camisa normal. Pedi para ver o crachá, que não continha a logomarca do ministério nem de nenhuma secretaria de saúde. Até porque qualquer um pode imprimir um crachá hoje em dia. Por isso falei para ele que não o deixaria entrar em minha casa. Ele disse algumas palavras que não consegui entender e saiu”, justificou a moradora. Segundo ela, havia mais uma pessoa dentro de uma caminhonete, branca, sem nenhuma identificação.

Após isso, Cleiva conta que continuou observando pela câmera de segurança. “Outra coisa que me chamou a atenção foi o fato de ele só ter ido a mais uma casa, além da minha. Se ele fosse um servidor não era para ter ido a todas as casas?”, questiona.

A reportagem entrou em contato com o MS (Ministério da Saúde), em Brasília. De acordo com o órgão, esse tipo de ações foram repassadas aos municípios há mais de 15 anos. Ainda segundo o MS, o governo federal apenas financia programas e determina regras para que os municípios executem.

Já a Sesau (Secretaria municipal de Saúde) destacou que está havendo uma ação para instalar armadilhas de mosquito no Jardim Tijuca, porém, destacou que os servidores devem usar um uniforme específico, azul – diferente do usado pelos agentes de saúde. Além disso, de acordo com o chefe do setor de controle de vetores, Alcides Ferreira, os servidores da saúde devem usar crachá da Sesau.

Para não deixar dúvidas, a Sesau orienta que a população telefone para o número: 3313-5016 a fim de confirmar se o visitante é, realmente, um servidor público.