Segundo a classe de servidores, a Prefeitura e o Sisem fizeram um acordo para coagi-los

Os gerentes das UBSF (Unidades Básicas de Saúde da Família) de estão acusando a Prefeitura e o Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores da Capital) de os coagirem a assinar uma folha de presença falsa. Tal lista é referente à freqüência dos agentes comunitários de saúde, que são obrigados, por lei, a trabalharem 8 horas por dia, todavia, trabalham apenas 6 horas.

De acordo com a gerente de uma UBSF que preferiu não se identificar, há uma acordo entre o Sisem e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) que obriga todos os gerentes da cidade a participar de uma conduta irregular. “Somos coagidos a assinar isso como se os agentes comunitários trabalhassem 8 horas, isso está errado. Não podemos participar de uma fraude”, reclama.

Outra gerente, que também prefere ficar no anonimato, destaca que sua categoria não concorda com isso. “Ou todos trabalham 6 horas por dia ou ninguém trabalha. Assinar um documento falso não dá!”, esbraveja.

Outro lado

Por outro lado, a assessoria de imprensa da Sesau ressaltou que a acusação de que haja um acordo entre a Prefeitura e o Sisem não é verdadeira. A Sesau frisa que desconhece qualquer acerto com o sindicato.

Ademais, a secretaria orienta os servidores que se sintam prejudicados a procurar setor de RH (Recursos Humanos) a fim de formalizar uma denúncia.

Neste sentido, o presidente do Sisem, Marcos Tabosa, também acentua que não há um acordo com a Prefeitura para obrigar os gerentes a assinarem a folha de presença falsa. “Isso não procede! O gerente não precisa assinar nada. O que está havendo é uma perseguição, por parte de alguns servidores comissionados [gerentes], a uma categoria sofrida como é a dos agentes. Eles maltratam e até humilham os agentes. Estes andam no sol quente e carregam peso nas costas. É muito fácil ficar no ar condicionado e falar dos outros”, explica.

Tabosa também explica que vai haver uma passeata, formada por agentes de saúde, no dia 26 de fevereiro às 16 horas, com a finalidade de regularizar o horário de 6 horas de trabalho diários dos agentes comunitários. “Queremos mostrar nossa força. Somos cerca de 1.600 servidores, contudo, há 65 gerentes que lutam contra essa classe”, termina.