O caso teve grande repercussão em 2014 por envolver deficientes mentais

As colegas de trabalho da enfermeira Alice Rachid, que postou no Facebook brincadeiras de mal gosto envolvendo deficientes mentais, alertam que nada aconteceu, pois a mesma continua trabalhando normalmente. O caso ganhou grande repercussão em 2014, e a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), nesta época, prometeu averiguar a conduta da servidora.

Em uma das brincadeiras, feitas em abril de 2014, a enfermeira posta a foto de um paciente e coloca a mensagem direcionada para uma amiga: “Alzana, olha como seu esposo está, parece um macaco”. Na segunda foto, cujo personagem aparece com a língua de fora, ela escreveu a seguinte frase: “Alzana, seu futuro já está com a língua de fora te esperando, KKKKK. Você não me convidou para ser madrinha do seu casamento com nosso inesquecível linguão? Não precisa ficar enciumada com essa língua”, zombou.

De acordo com uma enfermeira que trabalha junto com Alice e preferiu não ser identificada, a autora das brincadeiras somente ficou afastada, recebendo salário, por um mês. “Ela conseguiu um atestado e ficou longe por um mês. Depois disso ela voltou a trabalhar normalmente, nada foi feito para penalizá-la. Ela continua trabalhando no posto de saúde do Bairro Nova Bahia”, reclama.

Outra colega de trabalho ressalta que Alice é uma pessoa de difícil convivência. “Ela melhorou depois que essas denúncias se espalharam, porém, está voltando a ser arrogante”, reforça.

Na época das denúncias, a enfermeira Alice disse, em entrevista ao Jornal Midiamax, que foi mal interpretada e que não agiu com maldade. “Fico chateada porque atrapalha a minha vida profissional. Tenho um irmão com síndrome de Down e jamais falaria para ofender. É o pessoal que eu mais gosto por conta do meu irmãozinho, se as pessoas olhassem o meu Facebook iam ver que está cheio de fotos dele”, esclareceu.

Ela também pediu desculpas à população e disse que nunca teve a intenção de ofender ninguém. “Eu chamo meu irmão de buchudão, de macaquinho, é um jeito carinhoso de tratar. Estou muito triste por ter sido mal interpretada”.

Caso ainda na primeira fase de investigações

De acordo com a assessoria de imprensa da Sesau, por enquanto, o caso da enfermeira está na fase de investigação por uma comissão de sindicância. Só depois de constatadas tais denúncias é que poderá, eventualmente, ser aberto um PAD (Processo Administrativo Disciplinar), ou seja, somente um processo poderá impor uma sanção à servidora.

A Sesau reforça que a servidora ainda está dentro do período de sua defesa, contudo, tal prazo não foi divulgado em vista de se tratar de um procedimento sigiloso.