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Com cachês atrasados, artistas acampam e prometem dormir na Fundac

Os manifestantes também pedem o repasse de 1% do orçamento para a cultura
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Os manifestantes também pedem o repasse de 1% do orçamento para a cultura

Cerca de 70 campo-grandenses planejam dormir na sede da Fundac (Fundação Municipal de Cultura). Eles alegam que ficarão no prédio para forçar o cumprimento da lei que destina 1% do orçamento municipal, que não teria sido cumprida. Neste momento, eles participam de uma reunião, perturbada, na sede da fundação, na Rua Brasil, na Vila Brasil.

De acordo com o presidente do Colegiado Setorial de Teatro da Capital, Fernando Cruz, os artistas estão há vários meses tentando dialogar com a Fundac, mas nunca foram escutados. “Nosso objetivo é que a lei seja cumprida. Até agora a fundação tem dado prioridade aos eventos de cunho religioso, desrespeitando o Estado Laico”, destacou Cruz explicando somente artistas evangélicos estariam sendo beneficiados.

O presidente do Fórum Municipal de Cultura, Airton Raes, ressalta que não houve pagamento do FMIC (Fundo Municipal de Investimentos Culturais) e Fomteatro (Programa Municipal de Fomento ao Teatro) referente ao ano de 2014. “Eles estão devendo R$ 4 milhões do FMIC e do Fomteatro. Além disso estão devendo R$ 170 mil em cachês de shows que já foram realizados”, destaca.

De acordo com o Reas, alguns  manifestantes devem ficar até às 14 horas desta quarta-feira (4), na sede da Fundac. Depois disso eles seguem para a Câmara Municipal, onde haverá uma audiência pública para discutir o tema.

“Além dessas manifestações vamos apresentar um denúncia formal ao MPE [Ministério Público Estadual] e a o TCE [Tribunal de Contas do Estado] para que a lei seja cumprida”, conta.

O outro lado

Por sua vez, a presidente da Fundac, Juliana Zorzo, frisou que os manifestantes não podem cometer irregularidades ao se expressarem. “Eles não podem dormir aqui dentro como estão prometendo, é contra a lei. Nós fechamos as portas às 17h30”, diz.

Quanto à dívida, Zorzo esclarece que os cachês de R$ 170 mil já foram pagos, todavia, os R$ 4 milhões ainda não. “A outra parte está dependendo de uma liberação da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Controle e Finanças)”, justifica.

Por fim, Zorzo afirma que a Prefeitura também já cumpriu a lei que determina o repasse de 1% do orçamento municipal para a cultura. “A Prefeitura já repassou 1,36% para a cultura em 2014”, defende.

A diretora-presidente da Fundac e funcionário do local, deixaram o prédio. Juliana não explicou o motivo da saída e disse apenas que seguiria para a Prefeitura.

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