Eles reclamam que estão a ‘mercê', pois leis são feitas, mas faltam fiscalização e respaldo

Roberto Sinai, que é um dos voluntários para a realização da dos caminhoneiros, falou à equipe do Jornal Midiamax que os grevistas reivindicam medidas estaduais e federais. “Estamos praticamente pagando para trabalhar e ninguém vê isso”, fala.

Ele revela que uma das situações onerosas que o caminhoneiro tem são o licenciamento e transferência do veículo.  “As leis estaduais são altas demais. A cada uma destas situações, nós temos que tirar do R$ 180 pelo cavalo e mais R$ 180 pela carreta, o que fica pesado a cada atualização de como está o nosso veículo. Agora, se o governo do Estado reduzisse o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) ou estas taxas, isso seria um grande alívio para os nossos bolsos”, diz.

Quanto ao governo Federal, o caminhoneiro lembra que há uma lei que foi criada para beneficiar a categoria, na questão do descanso, mas ela não foi bem administrada pelas autoridades competentes. “É muito bonito ver no papel que temos que descansar para seguir viagem, um benefício para o nosso corpo e para o empregador, que terá a certeza da carga chegará sã e salva, porém esqueceu-se de criar os pontos de descanso ao longo das rodovias para que isso ocorresse”, fala.

Com isso, ele denuncia que postos de combustíveis estão se aproveitando desta situação. “Se a gente não respeita este descanso, podemos ser multados ou retidos por um tempo pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) para que façamos isso, mas se vamos fazer isso nos postos, eles nos obrigam a pagar o mínimo do combustível para ter o direito de parar no pátio do estabelecimento para dormir, e este dinheiro sai do nosso bolso. Mesmo assim, muitas vezes somos saqueados por lá ou ao longo da via, quando tentamos cumprir a lei, parando para dormir”, explica.