VÍDEO: líder comunitária reclama do abandono por parte do poder público campo-grandense na região norte da Capital e diz que, além de buracos e lama, ruas viram lixão para quem não mora na região.

A situação da Rua Marquês de Herval, no chamado “Corredor do Nova Lima”, tem preocupado os moradores da região, quem sofrem com as poças d’agua, que facilitam a proliferação do mosquito da dengue e dificultam o trânsito, e com o despejo de lixo e entulho. Uma moradora inclusive já se indispôs com um homem e puxou um facão para intimidá-lo para que não jogasse um animal morto no local.

A chuva já não cai há dois dias, mas mesmo assim trechos da rua, notadamente na parte já sem asfalto, continuam intransitáveis por conta das “lagoas” que formam um lamaçal e servem de atoleiro para os carros que se arriscam a passar pelo local.

A situação é agravada por conta do lixo que é depositado ali e segundo testemunhas, não por moradores, mas por pessoas de outros bairros que se aproveitam do abandono da região para transformar o ponto em depósito de entulho.

Lilian Regina Dias, de 39 anos, vigilante e vice-presidente da Associação de Moradores do Nova Lima, mora no bairro há seis anos e afirma que o lamaçal vem com a chuva, mas o problema da sujeira é constante.

“Fico alerta a todo movimento e quando posso evito que joguem lixo ou entulho por aqui, mas é difícil e a situação é esta que vocês estão vendo”, afirmou apontando vários pontos onde estão depositados entulhos de construção, lixo doméstico e galhos de árvores.

Segundo ela, constantemente são feitas solicitações para que a Prefeitura interceda com a limpeza, mas os pedidos são em vão.

“Já estamos no ponto de reunir os moradores, fazer uma vaquinha e contratar um trator para fazer a limpeza. O bairro é o campeão de dengue na cidade e isso preocupa”, afirma.

Lilian diz ainda que por várias vezes ajudou a desatolar carros que transitam pela Rua Marquês de Herval. “Dá até pena dos carros pequenos que tentam passar por aqui depois de uma chuva. Até os caminhões de entrega das lojas da cidade enfrentam dificuldades e alguns até evitam passar”.

Em um episódio, chegou a puxar o facão para evitar que um homem jogasse um cachorro morto no local. “Fui pra cima dele e impedi mesmo ele de jogar o animal morto aqui. Ele foi embora mas prometeu voltar depois”, disse.